Apocynaceae – Tabernaemontana macrocalyx

Arbusto a arvoreta, 1–4 m alt. Ramos cilíndricos, sulcados, sem lenticelas, pubescentes a escabrosos, com coléteres intrapeciolares. Folhas com pecíolo 3–10 mm; lâminas 11,5–26,5 × 6–9 cm, elípticas, ápice atenuado, base atenuada,
glabras, margem inteira, glabras.

Inflorescências axilares, cimosas, congestas, 1–9-floras, 2–6 cm compr.; pedúnculo 3–5 mm compr., pubescente;
brácteas ovais. Flores com pedicelo inconspícuo, glabro; sépalas 13–18 mm, tubulosas, crassas, glabras, com diversos coléteres contínuos; corola hipocrateriforme, branca a rosada, com manchas vináceas conspícuas na metade inferior, glabra, tubo inferior 10–25 × 2–4 mm, tubo superior 7–13 × 2–5 mm, lobos 10–13 × 6–8 mm, inflexos, obliquamente obovados; anteras ca. 5 mm compr., ápice agudo, base sagitada, glabras; ovário ovoide, glabro, estilete ca. 15 mm compr., disco nectarífero circular; cabeça do estilete em forma de carretel, ca. 1 mm. Folicário liso, lenhoso
43–50 × 10–15 mm, glabro; sementes 7–9 × 3–5 mm, arilo branco.

Tabernaemontana macrocalyx difere-se das demais espécies na área de estudo pela sua flor carnosa com as sépalas bastante desenvolvidas e portando fileiras de coléteres na face abaxial e pelos lobos da corola inflexos (Fig. 5q).

Espécie com distribuição no Norte da América do Sul (Leeuwenberg 1994). No Brasil ocorre nas regiões: Norte (AC, AM, AP e RO) (BFG 2015). Serra dos Carajás: Serra Norte, N1, N3 e N5 e Serra Sul, S11A, S11B e S11D. Pode ser
encontrada no sub-bosque em áreas de transição entre floresta e canga, onde pode ser bastante comum, florescendo nos meses de dezembro a agosto e frutificando nos meses de abril a agosto.

Fonte: FERNANDES, G. E. A.; MOTA, N. F. de O. & SIMÕES, A. O. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Apocynaceae. Rev. Rodriguésia, n. 69, p. 003-023, 2018.

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