Arbustos ou arvoretas 2−3 m alt. Ramos glabros. Folhas dispostas ao longo dos ramos; pecíolo 0,4−0,9 cm compr., glabro, coléteres intrapeciolares ausentes; lâmina 5,2−14 × 1,7−5,5 cm, estreito-elíptica, membranácea a cartácea, base cuneada, margens planas, ápice cuspidado, ambas as faces glabras; venação broquidódroma. Cimeiras laterais ou terminais, 3–4 flores; pedúnculo ca. 0,3 cm compr., glabro; bráctea ca. 1,5−2 × 1−1,5 mm, ovada, ápice agudo, glabra; pedicelo 0,9−1,7 cm compr., glabro. Sépalas 3−4 × 2,5−2,7 mm, ovadas, ápice subagudo ou arredondado, externamente glabras, margens as vezes pouco ciliadas na base. Corola alva, fauce amarelada, glabra; tubo 17−26
mm compr.; lobos ca. 18 × 6 mm. Anteras 5−5,5 × 1 mm, base sagitada. Ovário ca. 3 × 1 mm, glabro; estilete ca. 1,2 cm compr.; cabeça estigmática ca. 1 mm compr., base alargada, com pequenas protuberâncias, apêndices apicais-2.
Frutos não observados.
Distribui-se pela Venezuela, Colômbia, Peru e Brasil (Govaerts & Leeuwenberg 2016). No Brasil ocorre no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste (BFG 2015). Na USJ Tabernaemontana flavicans ocorre em bordas e interior de mata, em hábitats de tabuleiros, e diferencia-se de T. salzmannii pelas folhas de ápice cuspidado (vs. agudo), sépalas eretas (vs. reflexas) e tubo da corola de maior comprimento (17−26 vs. 10−12 mm).
Fonte: COUTINHO, T. S & LOUZADA, R. B. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Apocynaceae. Rev. Rodriguésia , n. 62, p. 699-714, 2018.