Apocynaceae – Rauvolfia ligustrina

Arbustos ca. 1 m alt. Ramos glabros, coléteres interpeciolares ausentes. Folhas 3 por nó, dispostas ao longo dos ramos; pecíolo 0,1−0,3 cm, glabro, coléteres ao longo do pecíolo; lâmina 2,8−7,6 × 1,8−3,6, elíptica, membranácea, base atenuada, margens planas, ápice acuminado, glabra em ambas as faces, com nervura principal da face abaxial
esparsamente pubescente. Cimeiras terminais, ca. 6 flores; bráctea 0,8−2 × 0,3−0,5 mm, glabra a glabrescente; pedúnculo ca. 0,7 cm compr.; pedicelo ca. 2,8 mm compr., glabro. Sépalas ca. 1 × 0,6 mm, triangulares, ápice acuminado, externamente glabras, mas pouco ciliadas na base. Corola alva, glabra; tubo ca. 2,8 × 0,8 mm; lobos ca. 1 × 0,8 mm, arredondados. Anteras ca. 0,6 mm compr. Ovário 0,8 × 0,7 mm, globoso; nectário ca. 0,4 mm compr.; cabeça estigmática ca. 0,4 × 0,4 mm, ápice inconspicuamente bilobado. Frutos não observados.

Amplamente distribuída na América Central, Norte e Nordeste da América do Sul com área disjunta na Bolívia, Brasil e Paraguai (Govaerts & Leeuwenberg 2016). No Brasil ocorre no Amazonas e Pará na Região Norte, além das regiões Nordeste, Centro-Oeste e no Rio de Janeiro no Sudeste, habitando os domínios Amazônico, do Cerrado, Caatinga e Floresta Atlântica (BFG 2015). Na USJ Rauvolfia ligustrina ocorre no interior de mata, em hábitats de tabuleiro e áreas de declive, e pode ser diferenciada de R. grandiflora pelo pecíolo com coléteres (vs. sem coléteres), pelas folhas verticiladas 3 por nó (vs. 4 por nó) e pela corola com tubo de menor comprimento (ca. 2,8 mm vs. 28 mm compr.).

Fonte: COUTINHO, T. S & LOUZADA, R. B. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Apocynaceae. Rev. Rodriguésia , n. 62, p. 699-714, 2018.

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