Arbustos 1−4 m alt. Ramos glabros, pouco lenticelados, coléteres interpeciolares presentes. Folhas 4 por nó, congestas no ápice dos ramos; pecíolo ca. 0,2 cm compr., glabro; lâmina 5,6−11,3 × 2−4 cm, oblanceolada a elíptica, membranácea, base atenuada, margens levemente revolutas, ápice acuminado, glabra em ambas as faces. Cimeiras
terminais, 10–15 flores; bráctea 1,4−2 × 0,9−1 mm, glabra a glabrescente; pedúnculo 1,5−3,6 cm, glabro; pedicelo 0,8−1,3 cm compr., glabro. Sépalas 1,8−1,9 × 1,1 mm, triangulares, ápice agudo, externamente glabras. Corola alva com face adaxial dos lobos roxa, glabra; tubo ca. 28 mm compr.; lobos ca. 7 × 2,5 mm, lanceolados, glabros. Anteras 1,9−2,2 mm compr. Ovário ca. 2 × 1,5 mm compr., ovoide; nectário ca. 1,2 mm compr.; estilete ca. 0,8 cm compr.; cabeça estigmática ca. 1,2 mm compr., parte mediana mais dilatada, ápice inconspicuamente bilobado. Frutos drupas, 2−2,5 × 1,5−2 cm, globosas ou cordadas, glabras.
Endêmica do Brasil e da Floresta Atlântica, ocorrendo nas regiões Nordeste e Sudeste (BFG 2015; Govaerts & Leeuwenberg 2016). Na USJ Rauvolfia grandiflora ocorre nas bordas e interior de mata, em áreas de tabuleiros e declive, e pode ser diferenciada de R. ligustrina pelo pecíolo sem coléteres (vs. coléteres ao longo do sulco peciolar),
pelas folhas verticiladas 4 por nó (vs. 3 por nó) e pelas flores com tubo de comprimento maior (ca. 28 vs. 2,8 mm compr.)
Fonte: COUTINHO, T. S & LOUZADA, R. B. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Apocynaceae. Rev. Rodriguésia , n. 62, p. 699-714, 2018.