Apocynaceae – Mandevilla scabra

Trepadeiras herbáceas. Ramos glabros ou glabrescentes. Pecíolo 0,5−1,1 cm compr., piloso. Lâmina foliar 5,7−8,5 × 2,5−4,8 cm, elíptica, membranácea a cartácea, base cordada, margens levemente revolutas, ápice acuminado, face adaxial glabra a pilosa, por vezes pubescente, face abaxial escabra ou pubescente, coléteres ao longo da nervura primária. Racemos axilares, 12–23 flores; pedúnculo 0,8−4 cm compr., glabrescente ou piloso; bráctea 2−3 × 1 mm compr., pilosa; pedicelo 2,5−3 mm compr., glabrescente. Sépalas ca. 2,2 × 1,2 mm, triangulares, ápice acuminado, glabras externamente. Corola amarela, fauce amarela ou rajada em vermelho a alaranjado, glabrescente; tubo inferior 2−3 × 0,2 cm compr.; tubo superior 17−20 × 9−18 mm; lobos ca. 15 × 15 mm, largoovados ou orbiculares. Anteras 5,5−5,8 mm compr. Ovário 1,1−1,5 × 1,7 mm, glabro; nectários-5, 1−1,5 mm, anelares, levemente lobados; estilete ca. 23 mm compr.; cabeça estigmática 2−3 mm compr. Frutos folículos-2, 10−14 × 2 cm compr., glabros, unidos ao ápice.

Distribui-se pela Venezuela, Colômbia, Bolívia, Guiana, Suriname e Brasil (Govaerts & Leeuwenberg 2016), em todas as regiões, habitando a Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (BFG 2015). Na área de estudo Mandevilla scabra ocorre em bordas de mata e está bem representada na maioria dos fragmentos estudados. Assemelhase a Mandevilla hirsuta, diferindo desta pelas sépalas menores (ca. 2,2 vs. 5,4–6,2 mm compr.) e pelos frutos glabros (vs. híspidos).

Fonte: COUTINHO, T. S & LOUZADA, R. B. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Apocynaceae. Rev. Rodriguésia , n. 62, p. 699-714, 2018.

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