Lianas; ramos geralmente volúveis, às vezes escandentes ou suberetos, glabros a viloso-tomentosos. Folhas opostas;
pecíolo 19-35mm, delgado, com coléteres ao longo da face adaxial; lâmina membranácea, 8-16×3,5-7,3, estreitocordiforme a cordiforme-oblonga, ápice caudado, base cordada, margem inteira, face adaxial glabra a pubescente, face abaxial glabrescente a viloso-tomentosa; coléteres 5-10, na base da nervura central; nervação broquidódroma a eucamptódroma, nervuras impressas na face adaxial, proeminentes e reticuladas na face abaxial.
Inflorescência axilar, 8-11-flora; pedúnculo 3-15cm; brácteas 8-12mm, foliáceas, lineares, glabras. Flores actinomorfas, 1,4-1,5cm, recobertas pelo cálice; pedicelo 9mm; cálice foliáceo, lacínias do cálice 1,1-1,4cm, do mesmo tamanho ou maior que a corola, lineares, coléteres dispostos em 10 séries alternas na base da face adaxial; corola tubular, cremeesverdeada, tubo 1,1-1,4cm, lobos eretos bem menores que o tubo, ca. 3mm, ovados com o ápice obtuso a arredondado; anteras 5-6mm; disco nectarífero 5-lobado, ovário 1-15mm, estilete 7-9mm, cabeça do estilete
profundamente 5-sulcada, 2,7-3,5mm. Folículos 20-24cm, cilíndricos; sementes com coma 1,7-2,2cm.
A distribuição principal da espécie é na Argentina, penetrando na Bolívia e Brasil (Sul e Sudeste). No Estado de São Paulo ocorre na região sul, entre 800 e 1.000m de altitude. E6, E7, F5. Coletada com flores de março a abril e com frutos de abril a junho.
Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.