Apocynaceae – Forsteronia pilosa

Lianas; ramos pubérulos a lenticelados. Folhas opostas; pecíolo 3,4-6,1mm; lâmina membranácea a cartácea, 2,7-6,5×0,9-2cm, lanceolada a ovada, ápice acuminado, base subcordada, margem inteira, pilosa em ambas as faces,
indumento mais concentrado nas nervuras, domácias pilosas nas axilas das nervuras na face abaxial, nervuras
pouco evidentes na face abaxial.

Inflorescência em tirso laxo, cônico, terminal e axilar, maior que as folhas subtendidas; pedúnculo indefinido; brácteas ca. 2mm, lineares, pilosas. Flores ca. 3mm; pedicelo 1,3-2,6mm; lacínias do cálice 0,9-1,2mm, lanceoladas, ápice agudo, pubescentes, com coléteres opostos na base da face adaxial; corola creme, tubo 2,5mm, glabro, lobos 1,6-3,5×0,6-1mm, oblongo-elípticos; estames com filetes livres do estilete, anteras parcialmente exsertas, 0,6-0,8mm; lobos dos nectários arredondados, ovário 0,8mm, densamente pubescente, cabeça do estilete 0,6-0,8mm. Folículos 19-29× 0,1-0,5cm, moniliformes, 1-5,5cm entre sementes, subparalelos; sementes 3-7, 7,5-11×1-2mm.

Ocorre na Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Nova ocorrência para o Estado de São Paulo. D4, D6, D7, E8: matas. Coletada com flores de dezembro a fevereiro e com frutos de abril a agosto.

Esta espécie pode ser confundida com Forsteronia rufa Müll. Arg., da qual se diferencia pelas nervuras secundárias pouco evidentes, quase imersas, folhas pouco discolores, não ferrugíneas na face abaxial, e pelas flores menores.

Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.

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