Árvores 5-20m, látex avermelhado; ramos castanho-claros a escuros, não corticosos, algo acinzentados, sem lenticelas, com pêlos diminutos dando uma aparência farinhenta, pelo menos em algumas regiões da planta. Folhas não congestas nos ápices dos ramos, cartáceas a subcoriáceas; pecíolo 2-3cm; lâmina (8-)12-16(-21)×(2-)3,5-4,5(-10)cm, lanceolada a oblonga, ápice acuminado, agudo ou arredondado até obovado, base aguda ou obtusa, margem inteira, um pouco revoluta, às vezes crenada, discolor ou concolor, face abaxial densamente pubérula, pilosidade brancacenta a levemente ferrugínea, nervuras proeminentes em ambas as faces, às vezes as nervuras secundárias impressas, podendo, então, as nervuras terciárias serem imersas.
Inflorescência axilar na região apical dos ramos, dicásio composto modificado, densamente pubérula; pedúnculo 20cm. Pedicelo 1-3mm; cálice 3mm, densamente pubérulo a densamente viloso, lacínias ovadas, agudas; corola brancacenta a amarelada, tubo 3-4mm, internamente com pêlos seríceos abaixo da inserção dos estames, lobos 3mm, filiformes, eretos na antese, glabros; estames inseridos no quarto superior do tubo; ovário glabro. Folículo 15×8cm, piriforme, oliváceo-nigrescente ou ferrugíneo, mucronado, estipitado, com sulcos longitudinais evidentes ou não, costa aparente, densamente viloso; sementes ca. 10 por folículo, 7×8cm, alas concêntricas.
Ocorre do México até o Brasil, chegando até São Paulo, em matas. D9. Coletada com flores o ano todo, principalmente de julho a setembro.
Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.