Árvores ou arvoretas (1-)3-10(-40)m, látex branco; córtex espesso e rugoso; ramos vilosos até glabros, pouco corticosos até ramos com córtex muito espesso, lenticelas não aparentes. Folhas congestas nos ápices dos ramos
corticosos ou ao longo dos ramos, quando não corticosos, cartáceas, levemente buladas; pecíolo 2-4cm; lâmina (12-)15-27(-50)×(5,5-)7-14(-22)cm, muito polimórfica, face adaxial vilosa, glabrescente ou glabra, face abaxial vilosa ou com raros pêlos, albo-pontuada.
Inflorescência subapical, tipo dicásio modificado, densamente vilosa a curto-tomentosa, 2-5cm. Pedicelo 1-2mm, densamente viloso a curto-tomentoso; cálice 3-5mm, lacínias ovadas, agudas a obtusas, densamente vilosas a curto-tomentosas; corola brancacenta, odor desagradável, tubo 5-8mm, lobos 8-10mm, oblongos a largamente ovados, reflexos na antese, externamente denso-vilosa a curto-tomentosa, internamente glabra com pilosidade abaixo da inserção dos estames e um pouco tomentosa na base dos lobos; estames inseridos acima da metade do tubo; ovário glabro. Folículo 20×10cm, piriforme, estipitado, levemente enrugado, pilosidade tomentosa adpressa; sementes ca. 20 por folículo, 8cm diâm., circulares, ala um pouco excêntrica.
Ocorre na Floresta Amazônica (Peru, Bolívia e Brasil) e em cerrados do Brasil (Piauí, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo). B6, D3. Coletada com flores de julho a novembro e com frutos de fevereiro a abril.
Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.