Árvores 6-15(-30)m, látex branco; tronco sulcado longitudinalmente; ramos castanho-claros, com lenticelas. Folhas não congestas nos ápices dos ramos, cartáceas; pecíolo 2-4cm; lâmina (6,5-)7-13(-19)×3,5-5,7(-8)cm, elíptica, oval, elíptico-lanceolada ou oblongo-lanceolada, glabra, face adaxial com nervura principal impressa, nervuras secundárias e terciárias emersas, inclusive a nervura marginal, ca. 1-2mm da margem, face abaxial com a nervura principal emersa.
Inflorescência subapical, cimeira composta, laxa, glabra, com raros pêlos, 6cm. Pedicelo 2mm; cálice 2,5mm, lacínias ovadas, agudas, glabras, com pilosidade esparsa ou ciliadas; corola amarelada, externamente glabra, internamente com pilosidade serícea abaixo da inserção dos estames, tubo 3mm, lobos 7mm, oblongos, eretos; estames inseridos na metade superior do tubo da corola; ovário glabro. Folículos 8-10×2,5cm, oblongos, alongados, um pouco cilíndricos, castanho-escuros, com lenticelas, lenhosos, glabros; sementes ca. 5cm, oblongas a falciformes, ala completamente excêntrica, basal, ca. 10 pares, as basais com alas menores; ocorre poli-embrionia.
Encontrada em matas do Peru, Brasil (regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul), Bolívia e Paraguai. C5, C6, D3, D5, D6, D7, D9, E4, E6, E7. Coletada com flores principalmente de setembro a novembro.
Aspidosperma dispermum Müll. Arg. (que ocorre nos arredores de Diamantina, MG) mas, enquanto que nesta a nervura coletora é marginal, formando uma margem espessada, em A. cylindrocarpon ela dista ca. 1-2mm da margem. Por outro lado, seus frutos são muito semelhantes aos frutos de A. polyneuron Müll. Arg., porém maiores
e, enquanto que nesta espécie o núcleo seminífero é apical, em A. cylindrocarpon é basal.
Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.