Erva, 50–60 cm alt. Ramos glabros, com coléteres intrapeciolares. Folhas com pecíolo 1–8 mm compr.; lâmina 6,5–11,6 × 0,8–3,3 cm, estreito-oblonga, ápice agudo a atenuado, base atenuada a assimétrica, margens inteiras, glabras.
Inflorescências 6–10-floras, 5–9,2 cm compr.; pedúnculo 35–55 mm compr., glabro; brácteas lanceoladas. Flores com pedicelo 7–17 mm compr., lanoso; sépalas 3–4 × ca.1 mm, estreitooblongas, lanosas; corola vermelha, tubo 0,5–0,8 mm compr., glabro, lobos 5,8–7 × 2,4–3,7 mm, oblongos ou ovados, glabros; corona com lobos 2,5–5,2 × 1–2,7 mm compr., mais longos que as anteras; ginostégio 4–5 mm alt.; anteras ca. 2 mm compr., quadrangulares, asas mais longas que o dorso; retináculo ca. 0,25 × 0,21 mm, subsagitado, mais curto que as polínias, caudículas ca. 0,5 mm compr., oblíquo-descendentes, geniculadas, com membrana hialina reduzida ou vestigial, polínias 0,9–1,08 × 0,28–0,39 mm, clavadas, levemente falciformes; apêndice estilar reduzido a uma cabeça deprimida côncava ou plana; ovário ovoide, glabro. Folicários 3–5 × 4–8 cm, glabros; sementes não vistas.
Asclepias curassavica é uma espécie ruderal encontrada principalmente em ambientes antropizados (Matozinhos & Konno 2011). Diferese das demais espécies pela sua corola rotácea com lobos reflexos, ginostégio estipitado e corona
cuculada. Possui ampla distribuição mundial, com provável origem na África (BFG 2015). No Brasil ocorre nas regiões: Norte (AC, AM, AP, PA), Nordeste (AL, BA, CE, MA, PE, PI, RN, SE), Centro-Oeste (DF, GO, MS, MT), Sudeste (ES, MG, RJ, SP), Sul (PR, RS, SC) (BFG 2015). Na Serra dos Carajás: Serra Norte: N5 e Serra Sul: S11D. Encontrada em área de transição e canga aberta, florescendo nos meses de maio a outubro.,
Fonte: FERNANDES, G. E. A.; MOTA, N. F. de O. & SIMÕES, A. O. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Apocynaceae. Rev. Rodriguésia, n. 69, p. 003-023, 2018.