Apiaceae – Eryngium pandanifolium

PLANTAS de maior porte, perenes, com até 4 m de altura, rizomas bem desenvolvidos.

CAULE ereto, rígido.

FOLHAS basais subcoriáceas, filotaxia rosetada, com comprimento variável. Margens espinhosas, com espinhos simples até triplos.

INFLORESCÊNCIA em forma de panícula.

CAPÍTULOS ovóides, brancoesverdeados. Brácteas involucrais de 6 a 8, livres e acuminadas. FRUTOS de 2 a 3 mm de comprimento, com escamas laterais.

Floresce durante o verão e outono (Fig. 6 e 7). Eryngium pandanifolium faz parte da seção Panniculata Wolff. Esta espécie englobaria E. chamissonis Urb., E. lasseauxii Decne. e E. decaisneanum Urb. (IRGANG, 1974). Trata-se segundo Mathias & Constance (1971), de um complexo poliplóidico de extrema variação entre as diversas populações. As contagens cromossômicas realizadas indicam n = 16, 24, 32 e 48, com número básico x = 8. Em vista disso, os referidos autores consideram estas espécies como variedades (E. pandanifolium var. pandanifolium Cham. & Schltdl.; E. pandanifolium var. lasseauxii (Decne.) Math. & Const.; E. pandanifolium var. chamissonis (Urb.) Math. & Const.).

Planta nativa na América do Sul, ocorrendo no Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil meridional (KISSMANN & GROTH, 1992). Kissmann & Groth (1992), afirmam que por possuir espinhos agudos a planta fere o homem e animais que a tocam. Em função dos espinhos geralmente não se faz um bom controle das plantas, onde elas ocorrem. Na base invaginante das folhas geralmente ocorre algum acúmulo de água, que pode servir como criadouro para larvas de mosquitos. Em contrapartida, trata-se de uma espécie altamente atrativa para diversos artrópodes que fazem parte da cadeia alimentar de muitos animais e aves, estabelecendo dessa forma o equilíbrio do ecossistema.

Fonte: MACULAN, K. Estudos taxonômicos e fisiológicos das espécies do gênero Eryngium L. (Apiaceae – Saniculoideae) ocorrentes na área compreendida pelo campus da Universidade Federal de Pelotas, Capão do Leão, Rio Grande do Sul. 71f, Trabalho de conclusão de Curso Ciências Biológicas, UFPEL, Pelotas, 2007.

Segundo Mathias et al. (1972) E. pandanifolium, por ser uma das espécies
mais notáveis do gênero é cultivada como ornamental isoladamente, formando
densas e elegantes touceiras de ótimo efeito.

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