PLANTA herbácea, perene, ereta, de 12 a 60 cm de altura.
CAULE dicotômico.
FOLHAS basais de filotaxia rosetada, pecioladas, oblongo-espatuladas a obovadas, obtusas. Margem crenada ou serrada, com ou sem cílios entre os dentes.
INFLORESCÊNCIA dicásio ramificado.
CAPÍTULOS subglobosos, raramente ovóides, alvo-esverdeados, de aproximadamente 0,6 a 2 cm de comprimento e de 0,3 a 0,8 cm de largura. Brácteas involucrais de 6 a 8, proeminentes, inteiras. Brácteas florais lineares, maiores que os frutos.
FRUTOS com escamas lineares e imbricadas, iguais entre si.
Floresce durante a primavera e verão (Fig. 3). Cromossomos: n = 7 (VIANNA & IRGANG, 1971); n = 7 (CONSTANCE et al., 1971). E. nudicaule pertence à Seção Foetida, na qual todas as espécies estudadas são diplóides (O’LEARY et al., 2004).
Ocorre no Peru, Bolívia, Paraguai, Brasil, Uruguai e norte e centro da Argentina, em solos arenosos ou pedregosos, temporariamente úmidos (MARTÍNEZ & GALOTTI, 2001). No estado do Rio Grande do Sul, há larga dispersão pelos campos litorâneos, pela Depressão Central, bem como pelo sudoeste, trata-se, entretanto de uma planta bastante escassa no sul do Brasil (MATHIAS et al., 1972). Segundo Rambo (1957), é difícil determinar, se a distribuição da espécie é comandada pela simples presença de campos arenosos, ao menos temporariamente úmidos, ou pela proximidade do mar, onde abundam tais campos. O fato de E. nudicaule se concentrar nos areais litorâneos, e na sua distribuição continental acompanhar, a largos traços, o espaço sujeito a invasões marítimas em tempo geológico recente, parece apoiar a segunda hipótese.
Fonte: MACULAN, K. Estudos taxonômicos e fisiológicos das espécies do gênero Eryngium L. (Apiaceae – Saniculoideae) ocorrentes na área compreendida pelo campus da Universidade Federal de Pelotas, Capão do Leão, Rio Grande do Sul. 71f, Trabalho de conclusão de Curso Ciências Biológicas, UFPEL, Pelotas, 2007.