PLANTAS eretas, perenes, robustas de aproximadamente 1,5 a 3 m de altura. Rizomas bem desenvolvidos, raízes fibrosas.
CAULE cilíndrico, rígido, bastante folhoso.
FOLHAS basais coriáceas, lineares que podem chegar até 70 cm de comprimento por 3 cm de largura na base, estreitando-se de forma regular, terminando num espinho agudo e rígido. Margens com espinhos regularmente
distribuídos a curtos intervalos em toda a sua extensão. Ao longo do caule ocorrem folhas coriáceas, de base amplexicaule, de formato lanceolado, terminando com espinho rígido e margens também com espinhos.
INFLORESCÊNCIA cimóidepaniculada.
CAPÍTULOS globosos a subglobosos, alvo-esverdeados, com diâmetro de 9 a 12 mm. Brácteas involucrais livres.
FRUTOS ovóides com escamas laterais oblongo-lanceoladas, livres, curvadas e agudas. Floresce na primavera e verão (Fig. 8 e 9). Cromossomos: n = 8 (VIANNA & IRGANG, 1971; CONSTANCE et al., 1971). Pertence à seção Panniculata Wolff. Trata-se de uma espécie diplóide (O’LEARY et al., 2004).
Conforme Irgang (1974) ocorre em todo o estado do Rio Grande do Sul, sendo a espécie mais abundante e freqüente. Planta originária da América do Sul, com presença na Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil (KISSMANN &
GROTH, 1992).
Segundo Kissmann & Groth (1992), E. horridum é considerada uma planta agressiva infestante de pastagens, margens de estradas e terrenos abandonados. Nas pastagens, além de ocupar áreas em detrimento das gramas, fere o gado com seus espinhos, abrindo caminho a parasitoses e infecções. Eryngium horridum possui uma agressiva estratégia reprodutiva por via assexual através de seus potentes rizomas que emitem de três a quatro novos descendentes logo que a planta mãe floresce. Igual situação se produz quando os rizomas são cortados ou quando a parte aérea é afetada parcialmente com produto herbicida (LALLANA et al., 2004).
Por outro lado, a espécie, apesar de considerada uma séria invasora, chama a atenção pela enorme quantidade de insetos que atrai durante sua floração. Morales & Köhler (2006) relataram a alta diversidade e abundância de espécies de insetos, principalmente da família Syrphidae (Diptera), coletados nas flores de E. horridum, isso indica a importância destas flores na dieta desses sirfídeos, visto que essa planta possui um grande número de inflorescências e floração ocorrendo nos meses de baixa oferta de recursos alimentares.
Fonte: MACULAN, K. Estudos taxonômicos e fisiológicos das espécies do gênero Eryngium L. (Apiaceae – Saniculoideae) ocorrentes na área compreendida pelo campus da Universidade Federal de Pelotas, Capão do Leão, Rio Grande do Sul. 71f, Trabalho de conclusão de Curso Ciências Biológicas, UFPEL, Pelotas, 2007.