Annonaceae – Annona sylvatica

Árvore 4-6 m alt. Ramos castanhos, lisos e cobertos por lenticelas e glabros; râmulos e pecíolos densa a esparsamente ferrugíneo-vilosos. Entrenós 1- 1,5 cm compr. Pecíolo 9-12 mm compr.; lâmina foliar estreitamente elíptica a obovada, cartácea, 8-12 cm compr., 4-6 cm larg., face adaxial esparsamente vilosa, abaxial densamente áureo-tomentoso-vilosa, ápice agudo, base aguda, nervação eucamptódroma,
nervura primária impressa na face adaxial, proeminente na abaxial, 12-17 pares de nervuras secundárias arqueadas, em ângulo de 45-50° com a nervura primária, nervuras secundárias e terciárias planas na face adaxial e proeminentes na abaxial, domácias presentes. Profilo ovado a oblongo com nervação broquidódroma a eucamptódroma, 3,2 x 1,5 cm.

Flores 1-3, opositifólias ou supra-axilares; pedicelo
8-17 mm compr.; bráctea 1, deltoidea, 0,8-2 mm compr., 0,7-1,4 mm larg.; sépalas deltoideas, 2-3 mm compr., 2,5-4 mm larg., face abaxial vilosa e adaxial glabra; pétalas conatas, as externas como pás do hélice, alas estreita a largamente obovadas ou suborbiculadas, 4-10 mm compr., 2-10 mm alt., densamente alvo-vilosas, pétalas internas 2,5-3 mm compr.; estames ca. 1 mm compr., apêndice do conectivo glabro; estaminódios ausentes; carpelos tomentosos, 1-1,4 mm compr. Fruto largamente obovoides, 2,5-3,5 cm compr., 3-4,5 cm diâm., aréolas piramidais, carpídios ca. 17 mm compr., ca. 7 mm larg.

Annona sylvatica foi recentemente transferida de Rollinia para Annona (Rainer 2007). Na Serra do Cipó ocorre em afloramentos de metacalcário e em matas nos arredores do Parque Nacional. Ocorre da Bahia ao Rio Grande do Sul e no Mato Grosso (Maaset al. 1992). Annona sylvatica é distinta das demais espécies de Annona da serra por seus frutos largamente obovoides com aréolas piramidais.

Fonte – Mello-Silva, R., Lopes, J.C. & Pirani, J.R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Annonaceae. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, 24(1), 37-56, 2006.

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