Ervas perenes, raro anuais, robustas, 81-161cm, glabras. Folhas sempre emersas; pecíolo 8-38×0,2-0,6cm, triangular em seção transversal; lâmina 12-32,5×2,2-9,8cm, oblongo-lanceolada, ápice agudo, base truncada a atenuada, nervuras 4-7, marcas translúcidas ausentes.
Inflorescência em panícula, raro racemo; escapo 41- 160×0,15-0,9cm, cilíndrico, triangular entre os verticilos; verticilos 6-13, com 3-19 flores; brácteas 9-33,4×4,3- 8,5mm, linear-lanceoladas, mais curtas ou mais longas que o pedicelo. Flores 1,5-2cm diâm.; pedicelo 1,5-17mm, cilíndrico; sépalas 5,4-7,2×4-5mm, nervuras 10-16; pétalas 0,6-0,9× 0,6-0,7cm; estames ca. 21, filetes 2,5-3,5mm, anteras 2-2,5mm, versáteis, ápice obtuso; carpelos numerosos. Aquênio 2,1-2,9×1,6-2,7mm, glândulas 0-10, oblongas. Distribui-se do sul da América do Norte até o Paraguai e norte da Argentina. Distribuição ampla no Brasil, estendo-se desde a região Norte e Nordeste, até a região Sul, no Paraná. Em São Paulo, está restrita à região leste. E7: ambientes palustres e margens de rios. Coletada com flores de novembro a março e com frutos de dezembro a abril.
Rataj (1978) e Raynes & Holm-Nielsen (1994) reconhecem a separação entre Echinodorus paniculatus e E. lanceolatus, pela ausência de glândulas nos aquênios em E. paniculatus e pequenas diferenças na forma do pecíolo. Analisando material examinado por esses autores,
foi verificada a presença de glândulas nos aquênios e pecíolo cilíndrico em E. paniculatus, que seriam caracteres distintivos para E. lanceolatus. Como essas características separam as espécies e foram observadas em material identificado pelos autores, neste trabalho ambas serão tratadas como pertencendo ao táxon E. paniculatus. O tipo de E. lanceolatus (São Paulo, Burchell 4158, BR! K!) é o único material conhecido, e foi coletado no Estado de São Paulo, somente com frutos. A espécie é caracterizada pelas folhas de lâminas oval-lanceoladas de base aguda a atenuada sem marcas translúcidas e pecíolo triangular em seção transversal.
Fonte – PANSARIN, E.R & AMARAL, M. do. C. do. A. Alismataceae. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 4, p. 1-10, 2005.