Arbusto 0,7-1,5 m alt.; ramos levemente comprimidos, tricomas tectores, densos nas extremidades. Folha, pecíolo 2-24 mm compr.; limbo 12,1- 32×4-9 cm, elíptico a oblaceolado, ápice acuminado, base cuneada a atenuada, concolor, glabrescente, margem inteira.
Inflorescência em monocásio escorpióde, pedúculo e raque secundária alados; pedúnculo, 5,5-30,5 cm compr.; bráctea e bractéolas ovadas a espatuladas 1-1,6 cm. Flores subsésseis, pedicelo 1,5-3 mm compr.; cálice 1,3-2,5 cm compr., sépalas lineares, tricomas glandulares, esparsos; corola rósea, esbranquiçada na fauce, infundibuliforme, 4-5,5 cm compr., sem distinção entre porção basal e apical, lobos 5-10 mm compr.; estames levemente didínamos.
Cápsula obovada, 2-3 cm compr., estípite 0,2 cm compr., densamente pubescente. Sementes 12-14.
Comentário: Ruellia subssessilis (Nees) Lindau apresenta grande variação morfológica em suas flores, tanto no tamanho quanto na forma, o que dificulta muitas a vezes sua identificação. A espécie pode ser reconhecida por apresentar inflorescência em monocásio escorpióide com pedúnculo longo estreitamente alado, bem como as ráquilas.
Floração e Frutificação: a floração de Ruellia subssessilis ocorre ao longo de todo o ano, com maior número de coletas de maio a janeiro; a frutificação inicia-se em maio e chega até dezembro.
Distribuição: endêmica do Brasil, a espécie foi encontrada até o momento apenas em Minas Gerais e Espirito Santo (BRAZ et al., 2002; PROFICE et al., 2011). Em Minas Gerais, R. subssessilis (Nees) Lindau foi encontrada na Floresta Atlântica.
Fonte: PESSÔA, C. de. S. Ruellia L. (Acanthaceae) no Estado de Minas Gerais, Brasil. 86f. Dissertação (Mestrado em Botânica). Universidade Federal de Viçosa, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Viçosa-MG, 2012.