Acanthaceae – Justicia simonisia

Arbusto escandente, 50-80 cm alt.; ramos subcilíndricos, glabros a esparsamente hirsutos. Pecíolo 5‑7 mm compr.; lâmina 3‑10,5 × 1‑4,4 cm, elíptica, glabras a esparsamente hirsutas, com tricomas concentrados nas nervuras em ambas as faces, ápice agudo a atenuado, base decorrente.

Inflorescência em espigas axilares e terminais; brácteas 1,8‑2,4 × 0,3‑0,4 cm, lanceoladas, hirtelas ou hirsutas a híspidas em ambas as faces, curta a longamente ciliadas com tricomas 1-2 mm compr.; bractéolas 1,7‑2 × ca. 0,15 cm, estreitamente lanceoladas, no resto similar às brácteas. Cálice 1,5 cm compr., lacínias 5, ca. 1,3‑1,4 × 0,3‑0,4 cm, lanceoladas, hirtelas, curta a longamente ciliadas, com
tricomas 1-2 mm compr. Corola lilás, ca. 4 cm compr., puberulenta, exceto internamente nos lábios, tubo ca. 2,9 cm compr., curvo, lábio superior ca. 1,2 × 1, bilobado no ápice, lábio inferior ca. 1,2 × 0,7 cm. Filetes 6-7 mm compr., anteras 2-3 mm compr., tecas superpostas, ambas apendiculadas na base. Estilete ca. 3,5 cm compr., glabro; disco nectarífero anular, bilobado. Cápsula ca. 1 cm compr., pubescente, com porção fértil obovoide; semente não vista.

É reconhecida por apresentar uma espiga congesta, com brácteas e bractéolas longamente lanceoladas aproximadamente do tamanho do cálice e com tricomas longos ao longo da margem. Alguns materiais, no entanto, podem apresentar esses tricomas bem menores ou quase ausentes. Ocorre também no Estado do Espírito Santo; na Bahia, é encontrada na Caatinga, em locais bastante áridos, geralmente na beira de estradas, com flores e frutos em abril.

 

Fonte:

CÔRTES, A.L.A & RAPINI, A. Justicieae (Acanthaceae) do Semiárido do Estado da Bahia, Brasil. Rev. Hoehnea, v. 40, n. 2, p. 253-292, 18 fig., 2013.

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