Acanthaceae – Herpetacanthus magnobracteolatus

Arbusto, 0,5‑1 m alt.; ramos subcilíndricos, glabros a hirtelos. Pecíolo 5‑7 mm compr.; lâmina (1‑)2,5‑8 × (0,6‑0,8‑)1,5‑4 cm, obovado‑elíptica a ovada, glabra, às vezes hirtelas na nervura principal, ápice agudo a obtuso ou às vezes apiculado, base cuneada a levemente decorrente.

Inflorescência em espigas; brácteas verde-claras a rosadas, 1,4‑1,7 × 0,7‑1 cm, elípticas a ovadas, glabras, ciliadas (tricomas 0,2-0,3 mm compr.); bractéolas 0,6‑1,5 × ca. 0,2 cm, lanceoladas, esparsamente escabrosas, ciliadas. Cálice 4‑8 mm compr., lacínias 3-7 × 1‑2mm, estreitamente lanceoladas, esparsamente escabrosas, ciliadas. Corola alva, ca. 1,3 cm compr., internamente pubescente próximo aos estames e lobos, externamente hirsuta, tubo ca. 9 mm compr., ereto, lábio superior ca. 3 mm compr., bilobado no ápice, lábio inferior ca. 4 × 1 mm. Filetes dos estames
maiores ca. 4 mm compr., dos menores ca. 2 mm compr.; anteras ca. 1 mm compr. Estilete ca. 7 mm compr., glabro. Cápsula 0,9-1 cm compr., glabra, com porção fértil fusiforme e constrita entre as sementes; sementes 4, ca. 3 mm compr., suborbiculares, verrucosas, com borda indefinida.

Herpetacanthus magnobracteolatus é caracterizada pela inflorescência em espiga, com brácteas férteis e estéreis similares, ovadas, verde-claras a rosadas; a corola é pequena, ca. 1,3 cm compr., alva com lobo central lilás. Segundo Indriunas & Kameyama (2012), esta espécie se diferencia das demais do gênero pelas bractéolas acrescentes no
desenvolvimento do fruto ultrapassarem o tamanho das brácteas. Os espécimes de Mata Atlântica apresentam as brácteas com indumento mais denso e a inflorescência é geralmente mais longa. Ocorre na transição entre Caatinga e Mata Atlântica, ou mata de cipó, geralmente em áreas com penetração de sol e em altitudes de 600 a 700 m, onde
também podem ser encontradas espécies de Justicia, Stenandrium Nees e Ruellia. Floresce em setembro e frutifica de abril a setembro

Fonte: CÔRTES, A.L.A & RAPINI, A. Justicieae (Acanthaceae) do Semiárido do Estado da Bahia, Brasil. Rev. Hoehnea, v. 40, n. 2, p. 253-292, 18 fig., 2013.

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