Asteraceae – Ayapana amygdalina

Ervas a subarbustos, 0,4 m alt. Ramos cilíndricos, multicostados, setosos, tricomas glandulares próximo à capitulescência. Folhas opostas, sésseis; lâmina 1,7–9,4 cm compr, 0,5–2 cm larg., lanceolada, ápice curto mucronado, base atenuada ou decurrente, margem serreada, face adaxial serícea-escabra, glanduloso-pontoada, face
abaxial seríceo-tomentosa, escabra, glandulosopontoada, camptódroma. Capitulescência em panículas corimbiformes; capítulos com pedúnculo 1–6,7 mm, tricomas glandulares; invólucro campanulado, 3,9–8,3 mm compr., 2,1–9,6 mm larg., 4–5-seriado; brácteas externas 1,9–4,7 mm compr., 0,4–0,5 mm larg., triangulares a lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, tricomas glandulares, brácteas medianas 4,1–6,2 mm compr., 0,6–0,62 mm larg., lanceoladas, ápice longo acuminado, margem inteira, tricomas glandulares brácteas internas 6,3–9,3 mm compr, 0,4–0,7 mm larg., linear-lanceoladas, ápice longo acuminado, margem inteira, tricomas glandulares. Receptáculo plano, glabro. Capítulo com 40–45 flores; corola tubulosa, tubo 4,7–6,3 mm compr., glabro, lacínias 0,8 mm compr., esparsamente glanduloso-pontoadas na face externa. Anteras com base arredondada, apêndice apical lanceolado. Ramos do estilete lineares, tricomas glandulares. Cipsela obcônica, 0,8–1,8 mm compr., 0,2–0,3 mm diâm., glabra; carpopódio assimétrico, anelar. Pápus cerdoso, 1-seriado, 4,7–5,7 mm compr.

Ayapana amygdalina é amplamente distribuída no Brasil, não ocorrendo apenas na região sul do país. Na área de estudo ocorre em campo rupestre e formações campestres. A espécie apresenta forma bastante variável (Esteves, 2001), mas possui algumas características reconhecíveis, como a presença de tricomas glandulares em toda a planta, inclusive nos ramos do estilete. Nakajima (2001) cita suas flores vermelho-púrpureas, ramos do estilete filiformes e pápus alvo, como características diagnósticas da espécie.

Fonte: CONTRO, F. L. & NAKAJIMA, J. N. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Asteraceae – Eupatorieae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 35, p. 113-162, 2017.

Deixe um comentário