Arbustos, até 1,2 m alt. Ramos cilíndricos, multicostados, glabros. Folhas opostas, pecíolos 1,5–3,06 cm, glabros; lâminas 2,2–12,2 cm compr., 0,14–3,05 cm, lanceoladas, ápice longo acuminado, base aguda, margem serreada, ambas as faces glabras, craspedódroma. Capitulescência em panículas corimbiformes, capítulos com pedúnculo 1,5–2,2 mm, glabro, resinoso/vernicoso; invólucro estreitocampanulado, 2,9–4,7 mm compr., 1,8–4 mm larg., 3(– 4)-seriado, brácteas involucrais 1,9–4,6 mm compr., 0,8–1,3 mm larg., lanceoladas, ápice arredondado, margem inteira, glabras, resinosas/vernicosas. Receptáculo plano, glabro. Capítulos com 16–19 flores, corola, com tubo 1,3 mm compr., fauce alargada, glanduloso-pontoada, lacínias 0,4mm, papilosas internamente, glanduloso-pontoadas
externamente. Anteras com base arredondada, apêndice apical emarginado. Ramos do estilete lineares, ápice obtuso, papilosos. Cipsela prismática, 0,9–2,4 mm compr., 0,3–0,5 mm diâm., 5-costada, glabra; carpopódio inconspícuo. Pápus ausente.
Acritopappus longifolius ocorre nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe, distribuída em Cerrado e Mata Atlântica. Segundo Bautista (2000) é a espécie mais frequente em Minas Gerais na Serra do Espinhaço. Na área de estudo pode ser encontrada em campos rupestres e áreas de afloramentos
rochosos com árvores esparsas. A espécie é reconhecida pela presença de pecíolos longos (até 3 cm), ausência de pápus e capítulos relativamente pequenos (até 19 flores).
É bastante semelhante à Acritopappus irwinii R.M.King & H.Rob., porém esta apresenta a base das lâminas arredondadas e capítulos grandes com até 50 flores vs base aguda e capítulos pequenos com até 19 flores.
Fonte: CONTRO, F. L. & NAKAJIMA, J. N. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Asteraceae – Eupatorieae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 35, p. 113-162, 2017.