Asteraceae – Aspilia foliacea

Ervas a subarbustos cespitosos, 6–30 cm alt., estrigosos a hirsutos. Folhas opostas, inteiras, estreito-oblongas, elípticas, lanceoladas ou ovais, 20–60 × 3–16 mm, estrigosas a híspidas, sésseis a subsésseis, ápice agudo, base cuneada a obtusa, margem inteira a serreada. Capítulos radiados, solitários ou raramente em dicásios simples, 1,7–2,5 cmdiâm., pedúnculo 2,1–6,8 cm compr.; invólucro campanulado, 2-seriado; brácteas involucrais foliáceas, levemente desiguais, as internas pouco menores, lanceoladas, híspidas a estrigosas, ápice agudo; receptáculo convexo, paleáceo; páleas conduplicadas, lanceoladas, ápice acuminado a caudado, face dorsal pubescente. Flores do raio neutras, amarelas a alvas, tubo ca. 2 mm compr., glabro ou esparso-setoso, limbo 2,3–2,7 cm compr. glabro ou pubérulo na face abaxial; flores do disco monoclinas, amarelas a alvas, 7–7,5 mm compr., fauce cilíndrica a estreitoinfundibuliforme, glabra, lobos ca. 1 mm compr., inconspicuamente pubérulos. Cipselas obovóides ou amplo-obovóides. 3,5–4,6 × 2,3–4,3 mm, hispidulosas; pápus 2–3-aristado; aristas eretas, 0,5–2 mm compr., escamas em
estrutura coroniforme ca. 0,5 mm compr.

Brasil: DF, GO, MT, MS, MG, SP, PR, RS (Santos 2001). Cerrado s.s., cerrado rupestre, campo limpo. Flores de setembro a novembro, no início da estação chuvosa. Santos (2001) registrou Aspilia foliacea apenas com flores amarelas. Foram observados, no entanto, espécimes com as flores alvas, os quais podem ser confundidos com A. leucoglossa. Neste trabalho, utilizou-se o tamanho das flores do raio, além do tamanho e forma das cipselas maduras para separá-las. No entanto, como foram observados poucos espécimes de A. leucoglossa e as duas espécies dificilmente são coletadas com cipselas maduras, recomenda-se um estudo com mais exemplares e observações em campo a fim de melhor esclarecer os limites entre essas duas espécies.

Fonte: BRINGEL JR, J. B. de A. & CAVALCANTI, T. B. Heliantheae (Asteraceae) na Bacia do Rio Paranã (Goiás, Tocantins), Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 60, p. 551-580, 2009

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