Aristolochiaceae – Aristolochia paulistana

Plantas robustas; caules glabros; brotos roxos. Folhas com pseudoestípulas 8-27mm, orbiculares, membranáceas;
pecíolo 23-61mm, base flexuosa, glabro; lâmina 4-10,3×4,2-10cm, deltóide (ou cordiforme), membranácea a coriácea, ápice arredondado, obtuso a acuminado, margem inteira, base auriculada a truncada, face adaxial glabra,
abaxial tomentosa.

Flores solitárias, bracteadas; pedúnculo 0,65-1cm, glabro; perigônio bilabiado, glabro, amarelo ou avermelhado, veias e traços irregulares vinosos; utrículo 24-42×16-25mm, excrescência basal 6-fida, carnosa; tubo 15-37×7-11mm; lábio superior deltóide caudado, base estreita, 25-60×14-32mm larg., auriculado, carenado, face interna púrpura; cauda retorcida, 65-21×2-4mm; inferior diminuto; ginostêmio estipitado; anteras ca. 5mm.

Cápsula 4-6×2-3cm, rostro até 5mm; sementes 5-6×5-6mm.

Ocorre na faixa litorânea que vai do Espírito Santo ao Paraná. E6, E7, E8, F6, G6: clareiras e orlas de matas pluviais e áreas de restingas intactas ou perturbadas. Coletada com flores em quase todos os meses, à exceção de maio e outubro; com frutos nos meses de janeiro, abril, maio e junho. É utilizada em fitoterapia (mesmas propriedades de
A. gigantea).

Esta espécie, quando no estádio vegetativo, pode ser confundida com A. elegans, A. gigantea, principalmente, com A. triangularis devido à forma deltóide de suas folhas, porém, quando em floração é distinta destas devido à longa cauda apical do lábio superior. Quanto a este caráter assemelha-se a A. macroura. O ginostêmio desta espécie
assemelha-se ao de A. galeata. Trata-se de uma espécie que convive com A. macroura nos mesmos habitats (à exceção do sudoeste brasileiro e países vizinhos), facilmente distinta desta pela integridade de suas folhas.

Fonte: CAPELLARI-JÚNIOR, L. Aristolochiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 39-50, 2002.

Deixe um comentário