Aristolochiaceae – Aristolochia gehrtii

Plantas robustas, glabras; brotos arroxeados. Folhas com pseudoestípulas 20-42×16-33mm, ovaladas ou orbiculares,
membranáceas; pecíolo 2-8,5(14,5)cm, flexuoso na base; lâmina 3-15×3,7-16,4cm, cordiforme, membranácea, ápice
agudo (raro obtuso), margem inteira, base auriculada, face adaxial glabra, abaxial tomentosa.

Flores reduzidas, alvas ou amarelo-esverdeadas, solitárias, bracteadas; pedúnculo 45-63(-115)mm, glabro; perigônio bilabiado, glabro; utrículo 12-25×12-18mm, branco ou esverdeado; tubo 1,0-2,0×5-14mm; lábios semelhantes, inferior triangular ou oval-lanceolado, carenado, reto, 15-23×8-18mm, agudo ou obtuso, mucronado; superior ereto, oblongo, ligeiramente carenado, 14-25×8-17mm, base constrita, agudo ou obtuso, mucronado; ginostêmio subséssil, 6-7mm, anteras 4-5mm.

Cápsula oblonga, ca. 4×2,5cm; sementes não observadas.

Ocorre no Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais até São Paulo. B3, C4, C5, C7: beiras de regatos, cerrados, cerradões
e mata secundárias. Coletada com flores nos meses de janeiro a julho e com frutos em julho. Utilização desconhecida.

Trata-se de uma espécie bastante rara ocorrendo no mesmo habitat que A. esperanzae que é mais vigorosa. Hoehne (1942) afirma que esta espécie se distingue de A. giberti var. immaculata Hassl., pela estrutura do perigônio, que é menor, completamente branco, com lábios do mesmo comprimento, o inferior mais largo e internamente revestido de tricomas alvos, longos e um tanto encrespados; a coluna apresenta igualmente tricomas longos e lobos ligeiramente emarginados na extremidade.,

Fonte: CAPELLARI-JÚNIOR, L. Aristolochiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 39-50, 2002.

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