Plantas robustas, órgãos subterrâneos tuberiformes; caule glabro, brotos roxos. Folhas com pseudoestípulas 2,5-4,5×2-4cm, cordiformes, agudas, mucronadas; pecíolo 1-7cm, flexuoso; lâmina 5-11,5×4,3-14,2cm, orbicular (reniforme ou cordiforme), membranácea, ápice obtuso-mucronado, margem inteira, base auriculada.
Flores vistosas, fétidas, bracteadas; pedúnculo 0,65-1,05cm; perigônio bilabiado, glabro; utrículo 17-40×16-28mm,
amarelo esverdeado, veias vinosas; tubo 18-32×6-12mm; lábio inferior oval a lanceolado, carenado, 25-40×12-36mm, ápice obtuso, mucronado (5mm), exterior atropurpúreo, interior amarelo; superior oblongo-espatulado, pouco carenado, 4-6×1-1,6cm, agudo, mucronado (4-10mm), exterior e interior amarelos, veias vinosas; ginostêmio
subséssil, 7-11mm; anteras ca. 7mm.
Cápsula 35-65×25mm, rostro verrucoso; sementes 7-12×5-7mm.
Apresenta ampla área de distribuição que inclui Bolívia, Paraguai, Argentina, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. B2, B6, C5, C6, D3, D5, D7, E5: cerrado, margens de estradas, matas e rios. Coletada com flores e frutos o ano todo. É utilizada em fitoterapia (mesmos usos de A. gigantea).
É a espécie mais freqüente nos cerrados de São Paulo. Quando em floração é facilmente identificável por apresentar os lábios superior e inferior semelhantes entre si, na forma, porém, sendo o primeiro, via de regra, um pouco mais comprido; tal característica distingue esta espécie de A. gibertii Hook. Três variedades, sendo que no Estado de São Paulo ocorre apenas A. esperanzae var. major (Hassl.) Ahumada, caracterizada por flores avantajadas e lábios bastante semelhantes entre si, porém, o superior mais estreito e ereto, e o inferior mais largo e curvo.
Fonte: CAPELLARI-JÚNIOR, L. Aristolochiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 39-50, 2002.