Aristolochiaceae – Aristolochia cymbifera

Plantas glabras ou pubescentes. Folhas com pseudoestípulas 15-38mm, cordiformes, membranáceas; pecíolo 2,5-9cm, glabro, raramente pubérulo; lâmina 5,5-12,5×6,7-14cm, cordiforme (reniforme, orbicular), membranácea, ápice agudo ou obtuso, margem inteira, base auriculada, glabra ou raramente com face abaxial tomentosa.

Flores vistosas, fétidas, solitárias, bracteadas; pedúnculo 10-13,5cm, glabro; perigônio bilabiado, reticulado castanho em fundo creme, glabro; utrículo 4-10×2,5-5cm; tubo 8-33×9-17mm; lábio inferior lanceolado, carenado, 30-55×16-26mm, agudo, mucronado; o superior dividido em região basal elíptico-conchóide, côncava, 53-105×26-80mm, e apical orbicular, ondulada, torcida, 0,7-1,05×0,68-1,16cm, base arredondada, ápice emarginado; ginostêmio subséssil, 7-11cm; anteras 5-8mm.

Cápsula 7-12×1,5-2,5cm; sementes ca. 8×7mm.

Ocorre em todos os estados da Região Sudeste. E7, E8: em geral esta espécie tem sua área de distribuição a leste delimitada por restingas e a oeste e ao norte, restringe-se até o limite de áreas de cerrado, ocorrendo preferencialmente em matas úmidas. Coletado com flores no período de julho até março e com frutos em fevereiro
e março. É utilizada na fitoterapia (mesmas propriedades de A. gigantea); as flores também são utilizadas na medicina popular.

Espécie mais ou menos freqüente em São Paulo. É muito semelhante à A. galeata e A. labiata, porém difere das mesmas devido à expansão conchóide na base do lábio superior. As variedades citadas por Masters (1875), quais sejam var. labiosa Duch., var. genuina Duch. e var. abbreviata Duch., mostraram-se inconsistentes através da análise do material coletado (Capellari Jr. ined.).

Fonte: CAPELLARI-JÚNIOR, L. Aristolochiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 39-50, 2002.

Deixe um comentário