Apocynaceae – Mandevilla atroviolacea

Lianas; ramos glabros, os mais velhos volúveis, os laterais eretos, curtos e folhosos. Folhas opostas; pecíolo 9-13×
2-3mm; lâmina firmemente membranácea, 2,8-5,4×1,5-2,8cm, elíptica a largo-elíptica, ápice acuminado a longo-acuminado, base atenuada, margem inteira, face adaxial nítida; coléteres 1-2, na base da nervura central; nervação broquidódroma, nervuras pouco visíveis em ambas as faces.

Inflorescência axilar ou terminal, 2-4-flora; pedúnculo 2-5,5cm; brácteas 2-3mm, escariosas, estreitotriangulares, glabras. Flores actinomorfas, 4,8-6,5cm; pedicelo 1,1-1,6cm; lacínias do cálice 6-9×4-5mm, lanceoladas, ápice acuminado, coléteres dispostos em 10 séries alternas na base da face adaxial; corola vinosa a atroviolácea, infundibuliforme, tubo inferior 1,3-1,6cm, cilíndrico, tubo superior 2,2-3,2×1,5-2cm, cilíndrico, internamente amarelo-alaranjado, lobos 1,5-2cm, suberetos a eretos, oblíquo-obovados, mais escuros que o tubo; anteras 7-7,8mm, base ligeiramente cordada; nectários 2, ovário 2mm, ovóide, glabro, estilete 1,4-1,5cm, cabeça do estilete 2-2,2mm. Folículos 14-18cm, cilíndricos; sementes oblongas, 4-5mm, coma 10-15mm.

Distribuição exclusiva nas regiões Sudeste e Sul do país, do Espírito Santo até Santa Catarina, em formações florestais. Em São Paulo ocorre na região sudeste. D5, D6, D9, E5, E7, E8, F4, F5: florestas de planalto. Coletada com flores de novembro a dezembro e com frutos em setembro.

Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.

Deixe um comentário