Apocynaceae – Forsteronia thyrsoidea

Lianas; ramos pubescentes a glabros, lenticelados. Folhas opostas; pecíolo 3-6mm; lâmina firmemente membranácea, 5,2-16,6×2,5-5,5cm, elíptica a ovado-elíptica, ápice acuminado a cuspidado, base aguda a obtusa, margem inteira, pilosidade esparsa na face adaxial e densa na face abaxial, principalmente nas nervuras.

Inflorescência tirso, congesto, cônico, terminal, menor que as folhas subtendidas, densamente pilosa; pedúnculo 1-1,5cm; brácteas lanceoladas, puberulentas a pubescentes, ca. 4mm. Flores 3-5mm; pedicelo ca. 1mm; lacínias do cálice 1,9-3,5mm, lanceoladas, pubescentes externamente, com coléteres alternos na base da face adaxial; corola amareloesverdeada, tubo ca. 4mm, internamente piloso, lobos 2-3×1-2mm, oblongos; estames com filetes coalescidos ao estilete, anteras exsertas, ca. 2mm; lobos dos nectários triangulares, ovário 1mm, piloso, cabeça do estilete 1,1-1,4mm. Folículos 14-14,5×0,2-0,3cm, cilíndricos, lenticelados, divaricados; sementes 1,2-1,5×0,2cm.

Ocorre no Sudeste do Brasil e no Paraguai. B5, D4, D6, E6, F7: matas. Coletada com flores em outubro e novembro e com frutos a partir de abril.

Existem duas variedades de Forsteronia thyrsoidea que se separam pelo indumento (Woodson 1935). Foram encontrados apenas indivíduos da variedade típica no Estado de São Paulo, que se caracteriza pela ausência de domácias na face abaxial das lâminas, face adaxial glabra ou esparsamente pubescente e inflorescência pubescente.
Esta variedade pode assemelhar-se vegetativamente a F. pubescens, mas diferencia-se da mesma principalmente
por sua inflorescência estreito-tirsiforme e folículos divaricados, não moniliformes e mais curtos.

Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.

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