Lianas; ramos puberulentos a glabros, esparsamente lenticelados. Folhas opostas; pecíolo 4-7mm, piloso nos ângulos; lâmina cartácea a coriácea, 3,2-9×1,7-4,7cm, oblongo-elíptica a obovada, ápice acuminado, base obtusa a aguda, margem inteira, face adaxial glabra, face abaxial com domácias pilosas nas axilas das nervuras.
Inflorescência tirsiforme, terminal, subesférica ou cilíndrica, menor que as folhas subtendidas; pedúnculo 4-6mm,
piloso; brácteas ca. 1mm, ovadas com ápice agudo, puberulentas. Flores 4-5mm; pedicelo ca. 0,9mm; lacínias do cálice 1,1-1,4mm, ovadas, ápice agudo, pilosas, com coléteres opostos na base da face adaxial; corola creme a amarelada, tubo ca. 4mm, densamente piloso internamente, lobos ca. 3×1mm, oblongo-elípticos; estames com filetes coalescidos ao estilete, anteras exsertas, 2-2,5mm; lobos dos nectários ovados, ovário 1mm, piloso no ápice, cabeça do estilete ca. 2mm. Folículos 21,5-33,5×0,1-0,6cm, submoniliformes, subparalelos, 0,5-1,5cm entre as sementes; sementes 7-16, 7-9mm.
Ocorre exclusivamente no Brasil, de Pernambuco ao Rio Grande do Sul. E7, E9, F3, F6, G6: matas. Coletada com flores de outubro a fevereiro e com frutos de fevereiro a agosto.
Forsteronia leptocarpa pode ser facilmente confundida com F. australis e F. glabrescens. Diferencia-se pela inflorescência subesférica ou cilíndrica, mais curta que as folhas subtendidas, pelas lacínias do cálice agudas e pelos
frutos submoniliformes. Na região de Ubatuba, foram encontrados indivíduos com folhas coriáceas e frutos moniliformes, que merecem ser melhor avaliados.
Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.