Apocynaceae – Aspidosperma nobile

Árvores ou arvoretas 3-6m, látex avermelhado, pelo menos em algumas partes da planta; troncos e ramos bem
corticosos, com pilosidade velutina ferrugínea ou amarelada, lenticelas não aparentes; ramos espessados até o ápice. Folhas mais ou menos congestas nos ápices dos ramos, coriáceas, curto-pecioladas; pecíolo 1-2cm; lâmina
14-15(-27)×5,5(-8)cm, obovada a oblonga, ápice arredondado, às vezes levemente retuso, até largamente agudo, base aguda decorrente até obtusa ou arredondada, margem lisa ou levemente crenada, glabrescente com pilosidade pubérula na face adaxial, velutina na abaxial, amarelada ou ferrugínea; venação impressa na face superior, formando uma superfície reticulada.

Inflorescência subapical, axilar, dicásio modificado, com pilosidade velutina amarelada ou ferrugínea; pedúnculo
4-10cm. Pedicelo 1-2mm, velutino; cálice 4mm, lacínias ovadas, agudas, vilosas; corola brancacenta, glabra externamente, com pêlos abaixo da inserção dos estames internamente, tubo 5mm, lobos 4mm, filiformes; estames
inseridos na metade do tubo; ovário glabro. Folículos 12×7cm, piriformes, estipitados, mucronados, costa pouco evidente, levemente sulcados longitudinalmente, pilosidade curto-vilosa, ferrugínea a amarelada; sementes ca. 20 por folículo, 6,5×6cm, quase circulares, ala um pouco excêntrica.

Ocorre nos cerrados do Brasil Central. C6. Coletada com flores principalmente em julho.

Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.

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