Aquifoliaceae – Ilex theezans

Nomes populares: congonha-amarga, orelha-de-mico. Arbustos ou árvores, 1,5-4(-12)m; ápice dos ramos glabros ou pubérulos. Pecíolo 0,7-3(-4)cm, glabro a pubérulo; lâmina (4-)6-14(-19)×(1,5-)3-6(-7,6)cm, oboval a largamente oboval, raro elíptico-oboval ou oblonga, glabra, coriácea, sem glândulas, ápice arredondado ou obtuso, raro agudo, base aguda ou atenuada, margem inteira ou 2-3(-7) denteada no ápice, raro denteada.

Inflorescência masculina em aglomerado de dicásios 3-floros (3-8 por axila); inflorescência feminina em fascículo, 2-7 flores por axila. Flores 5(-6)meras, 8-10mm, cálice de lobos geralmente arredondados, ciliados ou não; pedicelo 5-7(-8)mm.

Fruto ovóide até globoso, liso, 6-11(-13)mm diâm., vermelho a vináceo, mesocarpo tênue ou carnoso; pirenos 5-6.

Ocorre na Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, além do leste do
Paraguai e Argentina (extremo nordeste de Misiones). D8, E7, E8, E9, F5, F6, G6: em restingas, na mata atlântica ou
em matas de altitude. Coletada com flores de setembro a dezembro, com frutos de março a junho.

Ilex theezans possui grande variabilidade em suas características, como tamanho e formato das folhas e tamanho dos frutos. Loesener (1901) reconheceu para I. theezans 13 táxons infra-específicos (variedades, subvariedade e formas). Além disso, espécimes com folhas e pecíolos maiores (2-4cm) e margem íntegra são, freqüentemente, identificados como I. integerrima Reissek. Neste trabalho verificou-se ser impraticável tal distinção, e portanto está sendo adotado o binômio mais amplamente utilizado em literatura.

Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.

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