Arbustos ramosos a árvores, 1-2(-6)m; ramos glabros. Pecíolo glabro ou com tricomas esbranquiçados, 7-13mm; lâmina 8-11(-12)×3-4(-4,5)cm, lanceolada a oval, glabra, coriácea, face abaxial com glândulas punctiformes escuras
esparsas, ápice agudo, base aguda, raro obtusa, margem revoluta, crenada, crenas terminando em apículo enegrecido.
Inflorescência masculina em tirso, 2-3(-5) por axila, até 6cm; inflorescência feminina em racemo (raro tirso), 1-3 por axila, até 4cm. Flores 4-meras, ca. 3mm, cálice de lobos arredondados, ciliados; pedicelo 1-2mm. Fruto globoso, achatado dorso-ventralmente, rugoso, sulcado, 3-4mm, vináceo a enegrecido, mesocarpo carnoso; pirenos 4.
Ocorre desde a Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, até o norte do Paraná e Paraguai. C1, C3, C5, C6, D5, D6, D7, E5: em matas de galeria, nas áreas de cerrado e matas semidecíduas, do interior de São Paulo.
Coletada com flores de outubro a dezembro, com frutos maduros em março-abril.
Espécie com polimorfismo foliar acentuado, o que levou Loesener (1901) a reconhecer nove táxons infraespecíficos (variedades e formas), alguns já sinonimizados por Giberti (1987). A identificação de material a este nível é muito difícil. Faz-se necessário um estudo de toda a variabilidade da espécie para testar a consistência desses táxons.
Fonte: KINOSHITA, L. S. Apocynaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 35-92, 2005.