Apocynaceae – Hemipogon sprucei

Subarbusto ereto a volúvel. Ramos sem lenticelas, com coletéres interpeciolares. Folhas sesseis; lâmina 10–67 × 0,7–1 mm, lineares, ápice agudo, base atenuada, margem espinosa. Inflorescência 3–5-flora, 20–26 mm, pedúnculo 5–20 mm, glabro, brácteas lanceoladas. Flores com pedicelo 2–5 mm, glabro; sépalas 1–2 × 1–1,2 mm, ovais; corola, esverdeada, tubo 1,2–3 × 1–3 mm, lobos 1–4 × 0,6–1 mm, papilosos adaxialmente, estreitotriangulares; corona simples, ca. 0,9 mm compr., subglobosa, trilobada; ginostégio ca. 0,8 mm; anteras ca. 0,6 mm compr., trapezoides, apêndice da antera ca. 0,1 mm compr., retuso; retináculo ca. 0,1 × 0,05 mm, oblongo, caudículas ca. 0,07 mm, polínias ca. 0,3 × 0,1 mm, oblongas; apêndice estilar apiculado; ovário ovoide, glabro. Folicário 3,3–6 × 2–4 cm; sementes ca. 4 × 2 mm compr., comosas.

Hemipogon sprucei difere-se das outras espécies de Apocynaceae das cangas de Carajás pelo seu hábito subarbustivo ereto e flores urceoladas com lobos eretos e abaxialmente papilosos. É endêmica do Brasil, ocorrendo nas regiões Norte (AM, PA) e Centro-Oeste (GO, MS, MT) (BFG 2015). Na Serra dos Carajás: Serra Norte: N1, N3, N4, N5 e N6 e Serra Sul: S11A, S11D. Espécie encontrada em área de canga aberta e solo rochoso, florescendo e frutificando nos meses de dezembro a maio.

Fonte: FERNANDES, G. E. A.; MOTA, N. F. de O. & SIMÕES, A. O. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Apocynaceae. Rev. Rodriguésia, n. 69, p. 003-023, 2018.

Deixe um comentário