Árvores ou arbustos 2−6 m alt. Ramos glabros, coléteres intrapeciolares presentes. Folhas congestas no ápice dos ramos; pecíolo ca. 1,2 cm compr., glabro a glabrescente; lâmina 4−12 × 2−3,7 cm, cartácea, estreito-elíptica, base
cuneada, margens planas, revolutas, ápice agudo, glabra em ambas as faces; venação camptódroma. Cimeiras terminais, 10–18 flores; bráctea 1−1,2 mm compr., glabra; pedúnculo ca. 0,3 cm compr., glabro; pedicelo ca. 1,4 cm compr., glabro. Sépalas 3−5,8 × 2 cm, ovadas, ápice obtuso a subagudo, externamente glabras. Corola alva, glabra; tubo 10−12 mm compr.; lobos ca. 15 × 14 mm, dolabriformes. Anteras 4,3−4,5 mm compr., base sagitada. Ovário 2,2−2,5 mm compr., glabro, glabrescente na região mediana onde os carpelos se tocam; estilete 1,2−1,6 mm compr.; cabeça estigmática 2−2,2 mm compr., base com projeções ao seu redor, ápice subcostado, apêndices apicais-2. Frutos folículos 4,7−5 × 4 cm, glabros, muricados. Sementes ariladas, ca. 1,5 × 0,6 cm, glabras, arilo laranja.
Endêmica do Brasil, ocorrendo nos estados de Pernambuco, Alagoas, Bahia e Espírito Santo, habitando os domínios do Cerrado e Floresta Atlântica (BFG 2015; Leeuwenberg 1994). Na USJ Tabernaemontana salzmannii ocorre em bordas de mata, e difere de T. flavicans pelas folhas de ápice agudo (vs. cuspidado), sépalas reflexas (vs. eretas)
e flores com tubo da corola de menor comprimento (10−12 vs. 17−26 mm).
Fonte: COUTINHO, T. S & LOUZADA, R. B. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Apocynaceae. Rev. Rodriguésia , n. 62, p. 699-714, 2018.