Apocynaceae – Mandevilla hirsuta

Trepadeiras lenhosas. Ramos híspidos ou hirsutos. Pecíolo 0,4−2,6 cm compr., híspido. Lâmina foliar 7,4−15,5 × 3−8,3 cm, estreitoelíptica, cartácea, base cordada, margens planas, ápice acuminado a cuspidado ou longo-acuminado, face adaxial estrigosa ou hirsuta, abaxial híspida a tomentosa, por vezes serícea, coléteres ao longo da
nervura primária. Racemos axilares, 6–10 flores; bráctea 7,2−8,5 × 2 mm, pilosa; pedúnculo 1−1,5 cm compr., piloso; pedicelo 0,5−0,7 cm compr., piloso. Sépalas 5,4−6,2 × 1−1,5 mm, lanceoladas, ápice agudo, externamente pilosas. Corola amarela, fauce totalmente vermelha, híspida; tubo inferior 13−16 × 3−4 mm compr.; tubo superior 30−35 × 6−8 mm compr.; lobos 13−16 × 14 mm, orbiculares. Anteras 4,5−5 × 1,5 mm. Ovário 1,8−2 × 2 mm; nectários-5, 1,5−2 mm compr., anelares com lobos inconspícuos; estilete 34-35 mm compr.; cabeça estigmática ca. 1,7 mm compr. Frutos folículos-2, 5,3−8 × 0,2−0,4 cm compr., hirsutos, unidos ao ápice.

Ocorre desde o norte do México até o Paraguai (Morales 2007; Govaerts & Leeuwenberg 2016). No Brasil ocorre em praticamente todo o país, com exceção de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, habitando a Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (Koch et al. 2015). Na USJ Mandevilla hirsuta ocorre sempre em bordas de mata, sendo
encontrada na maioria dos fragmentos estudados. A espécie é muito semelhante a Mandevilla scabra, diferindo principalmente pelas sépalas maiores (5,4–6,2 vs. ca. 2,2 mm compr.) e pelos frutos híspidos (vs. glabros).

Fonte: COUTINHO, T. S & LOUZADA, R. B. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Apocynaceae. Rev. Rodriguésia , n. 62, p. 699-714, 2018.

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