Árvores 2−20 m alt., látex alvo. Ramos com lenticelas concentradas principalmente no ápice. Pecíolo 0,5−1 cm compr., glabros. Lâmina foliar 9−17 × 4,4−6,6 cm, elíptica, coriácea, base cuneada, algumas vezes revolutas aparentando base atenuada, margens levemente revolutas, ápice retuso a obtuso, face adaxial glabra, abaxial esparsamente pubescente, venação broquidódroma. Tirsos laterais, 6–10 flores; brácteas ca. 1,5 × 1 mm, pubescentes; pedúnculo 1−1,5 cm compr., puberulento; pedicelo 0,3−0,4 cm compr., pubescente. Sépalas ca. 1,8
× 1,5 mm, amplamente ovadas, ápice agudo, externamente puberulentas a pubescentes. Corola creme, pubescente; tubo ca. 6,5 × 2−2,5 mm; lobos ca. 2,5 × 1−1,2 mm, elípticos. Anteras ca. 1,2 × 0,4 mm. Ovário ca. 1,5 × 1,5 mm, lanuloso; estilete ca. 2,5 mm compr.; cabeça estigmática ca. 0,8 mm compr.
Frutos não observados.
Distribui-se pela Venezuela, Guianas e Brasil (Marcondes-Ferreira 1998), no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, habitando os domínios da Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (BFG 2015). Na USJ Aspidosperma discolor ocorre em bordas, tabuleiros e sítios ripários, e pode ser distinguida de A. spruceanum pelo látex alvo (vs. vermelho), base revoluta da lâmina foliar dando um aspecto de base atenuada (vs. base não revoluta)
e pela corola pubescente com lobos elípticos (vs. corola glabra com lobos linear-lanceolados).
Fonte: COUTINHO, T. S & LOUZADA, R. B. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Apocynaceae. Rev. Rodriguésia , n. 62, p. 699-714, 2018.