Suarbusto 0,8-3,0 m alt. ramificados, ramos decumbentes, subquadrangulares, glabrescentes. Folha, pecíolo 2-5 mm compr. a séssil, limbo 5-22×3-6,7 cm, lanceolado, oblongo-elíptico, elíptico a oval, ápice agudo, obtuso, base atenuada a cuneada, ambas as faces lanosas, mais denso na face abaxial, tricoma tectores e glandulares, nervuras levemente proeminentes em ambas as faces, mais pilosas que o resto da lâmina, margem levemente ondulada.
Flores solitárias, axilares, opostas ou formando espigas com poucas flores nos ápices dos ramos; brácteas foliáceas 3-6 cm, ovais, oblongo-elípticas a obovais; bractéolas 2, 1,8-2,5 cm compr., oblongo-elípticas a linear; sésseis ou curto pediceladas; cálice 2,5-2,8 cm compr., sépalas lineares, pubescente; corola rosa-fúcsia ou magenta, guias de nectário vináceas, infundibuliforme, 8-9 cm compr., tubo 2,5-3 cm compr. apresentando torção de 180º, garganta 4- 4,2 cm compr., 5-lobada, lobos imbricados, emarginados, 1,5-1,8 cm compr., pubescente; estames didínamos levemente exsertos.
Cápsula 3-3,5 cm compr. subcilíndrica, pubescente, sementes 10.
Comentário: R. macrantha (Mart. ex Nees) Lindau é caracterizada pela corola grande e magenta, com o tubo da corola possuindo torção de 180º; as folhas podem adquirir aspecto áspero, são coriáceas quando a espécie é encontrada em áreas de campo rupestre, o que não ocorre em folhas de áreas de floresta. A espécie pode ser confundida com R. neesiana (Mart. ex Nees) Lindau, mas diferencia-se dessa por possuir corola rosa fúcsia ou magenta e guias de nectário vináceos em flores abertas e botões florais, e o indumento das folhas lanoso enquanto em R. neesiana (Mart. ex Nees) Lindau a corola apresenta cor azul ou lilás, guias de nectário creme-esverdeado, sendo os botões florais esverdeados e o indumento das folhas viloso.
Floração e Frutificação: floresce em Minas Gerais ao longo de todo o ano, frutifica de fevereiro a agosto.
Distribuição: espécie endêmica do Brasil, encontrada nos Estados de Rondônia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo (PROFICE et al., 2011). Em Minas Gerais, a maioria das coletas ocorreu na Floresta Atlântica, e foram mais escassas no Cerrado e ecótono entre os dois biomas.
Fonte: PESSÔA, C. de. S. Ruellia L. (Acanthaceae) no Estado de Minas Gerais, Brasil. 86f. Dissertação (Mestrado em Botânica). Universidade Federal de Viçosa, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Viçosa-MG, 2012.