Subarbustos, ramos quadrangulares glabros. Folha, pecíolo 0,4-1 cm comp., limbo 8,6-9,3×3 cm, elíptico a ovado, ápice obtuso a agudo, base atenuada a cuneada, pubescente em ambas as faces, com tricomas tectores e glandulares acentuados nas nervuras, margem ondulada a crenulada.
Inflorescência em dicásio de dicásios com muitos tricomas tectores e glandulares distribuídos na raque; brácteas 1 por flor, 1,5-4 cm compr.,espatulada; bractéolas 2, 2,1-4,4 cm compr., obovada a espatulada; pedicelo 1,5-3 cm compr.; cálice 1,5-2 cm compr., sépalas espatuladas recobertas por tricomas glandulares; corola branca, rosa ou roxa 5-5,7 cm compr., tubo ca. 1,3 cm compr., garganta 2,2-2,9 cm compr., lobo ca. 1,5 cm compr.; estames didínamos, inclusos.
Cápsula 1,4-1,5 cm compr., estípite 2-3 mm de compr., pubescente. Sementes não quantificadas.
Comentário: R. incomta (Nees) Lindau é caracterizada pelas inflorescências em dicásio de dicásio; bractéolas espatuladas 1,5-4 cm de comprimento e pelas flores com 5-5,7 cm de comprimento, sendo bastante distinta das demais espécies.
Floração e Frutificação: R. incomta (Nees) Lindau floresce e frutifica de maio a agosto.
Distribuição: espécie endêmica do Brasil; pode ser encontrada no Norte em Rondônia, Nordeste na Bahia, Centro Oeste no Mato Grosso, em Goiás, e no Distrito Federal e no Sudeste em Minas Gerais (PROFICE et al., 2011). Em Minas Gerais, foi encontrada no Cerrado.
Fonte: PESSÔA, C. de. S. Ruellia L. (Acanthaceae) no Estado de Minas Gerais, Brasil. 86f. Dissertação (Mestrado em Botânica). Universidade Federal de Viçosa, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Viçosa-MG, 2012.