Acanthaceae – Clistax speciosus

Arbusto escandente, 0,6-2 m alt.; ramos subcilíndricos a cilíndricos, com 6 estrias longitudinais, pilosos a vilosos principalmente nas estrias. Pecíolo 0,6‑2 cm compr.; lâmina 4,5‑7,5 × 1,5‑4 cm, elíptica a ovada, pilosa, às vezes com tricomas esparsos na face adaxial, ápice aguda, base cuneada a decorrente.

Inflorescência em tirsos, pedunculadas 1-1,2 cm compr.; brácteas 5‑15 × 2‑5 mm, oblanceoladas, pubescentes a pilosas; bractéolas 1,3‑2 × 1‑1,3 cm, amplamente ovadas, concrescidas na base, glabras a pubescentes ou pilosas; pedicelo até 1 mm compr. Cálice cupular, inconspícuo, menor que 1 mm compr., glabro a pubérulo no ápice. Corola lilás, ca. 3,5 cm compr., externamente com tricomas glandulares, internamente glabra, com 3 tufos de tricomas no tubo, próximo ao ovário; tubo ca. 1,5 cm compr., ereto, lábio superior 1,5‑2 × 1,5 cm, bilobado no ápice, lábio inferior 2,2‑2,5 × 0,8‑1 cm. Filetes 1,5‑2 cm compr., anteras 4‑5 mm compr., tecas oblíquas, tecas superiores pubérulas no dorso. Estilete ca. 2,5 cm compr., pubescente; disco nectarífero anular.

Cápsula ca. 2 cm compr., glabra, com porção fértil obovoide; sementes ca. 5 mm diâm., suborbiculares, lisas, borda
inteira.

Clistax speciosus é reconhecida pelos tirsos axilares, as bractéolas ovadas, coalescentes na base, pubescentes, cálice cupuliforme e membranáceo, corola ca. 3,5 cm compr., com lábios amplos e uma estria branca no lobo central do lábio inferior. Segundo Nees (1847a), C. speciosus diferencia-se de C. brasiliensis por possuir folhas elípticas a
ovadas (vs. oblongo-lanceoladas), bractéolas glabras, pubescentes a pilosas (vs. glabras). Ocorre nos Estados de Minas Gerais e Bahia, geralmente em florestas estacionais. Floresce principalmente de março a julho, iniciando a frutificação em maio.

Fonte: CÔRTES, A.L.A & RAPINI, A. Justicieae (Acanthaceae) do Semiárido do Estado da Bahia, Brasil. Rev. Hoehnea, v. 40, n. 2, p. 253-292, 18 fig., 2013.

Deixe um comentário