Ervas 12–61 cm, flutuantes, monoicas, latescente ou não. Folhas flutuantes, bainha 50–80 × 5–7 mm, pecíolo cilíndrico costado 5–21 × 0,2–0,3 cm, lâminas ovadas 18–50 × 8–40 mm, base cordada, ápice agudo a arredondado, 6–11 nervuras; folhas submersas, sésseis, lineares 40–60 × 5–6 mm, ápice base atenuada, acuminado a agudo, 3 nervuras.
Inflorescência 4,5–25 × 0,3–0,4 cm, 2–5 flores; brácteas 3–4 lanceoladas, 0,5–2 × 0,4–1 cm, nervuras numerosas. Flores 1–1,5 × 0,4–0,5 cm, pedicelos 1,2– 1,5 × 0,2 cm com tricomas; sépalas 0,8–1 × 0,5–0,6 cm, 16vmuitas nervuras; pétalas brancas com máculas amarelas ou vinho na base 1 × 0,5 cm; pistiladas, carpelos 1 mm, ápice apiculado, anel de estaminódios presente; estaminadas, 5–7 estames, amarelos, 1 mm compr., pistilódios presentes. Aquênio de margem equinada, ápice apiculado, 2 × 2 mm.
Distribuída no sul dos Estados Unidos e do sul do México ao Paraguai e Argentina (Pott & Pott 2000). Segundo Matias et al. (2016) ocorre
em quase todos os estados do Brasil, exceto no Amapá, Rondônia, Paraíba, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e região Sul. No entanto, encontramos registros para o estado do Rio de Janeiro, nas quadrículas H28, S18, ao nível do mar. Encontrada com flores no mês de julho e agosto. Pode ser utilizada como suplemento alimentar, os tubérculos servem como alimento para humanos e animais, as pétalas como analgésico e o extrato para dor de ouvido (Burkill 1985). Estes registros consistem em um nova ocorrência para o estado.
Fonte: CANALLI, Y. de. M & BOVE, C. P. Flora do Rio de Janeiro: Alismataceae. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Depto. Botânica, Museu Nacional, São Cristóvão, Rio de Janeiro, p.17-28, 2017.