Ervas 51-100cm, glabras. Folhas submersas e emersas; folhas submersas sésseis, 37,5-42×7,5-9,5cm, lineares, ápice arredondado, base aguda a atenuada, nervuras 1-3; folhas emersas pecioladas, pecíolo 32-39×0,15-0,8cm, cilíndrico, lâmina 7,7-39×5,1-42cm, hastada a sagitada, ápice agudo, base sagitada, arredondada nas plantas jovens, nervuras 14-27. Inflorescência em racemo ou panícula, emersa, raro flutuante; escapo 39-57×0,1-0,7cm, cilíndrico; brácteas 6,5-14×1,5-6,9mm, unidas na base.
Flores masculinas com pedicelo 1,1-39,5×0,4-1,4mm, cilíndrico, ereto; sépalas 6,5-9,4×3,5-4,2mm; pétalas 1-1,7×0,6-1,6cm, com mancha geralmente púrpura na base; estames 20-28, filetes 2,2-4,1mm, glabros a esparsamente pubescentes, anteras 1,5-2,3mm, ápice arredondado; pistilódios ausentes; flores femininas com pedicelo 18,3- 45×0,6-2,2mm, recurvado e cilíndrico na flor, reflexo e clavado no fruto; sépalas 8-12,1×4,2-12mm; pétalas 1- 2×0,8-1,7cm, com mancha geralmente púrpura na base. Aquênio 2,5-5,3×1,5-1,7mm, sem protuberâncias tuberculadas, glândula 0-1.
Distribui-se do Equador e Peru, até o Uruguai e norte do Chile. No Brasil está distribuída do leste da região Sudeste até o Rio Grande do Sul. Em São Paulo ocorre, principalmente, no leste do Estado. D1, D8, E7, F6: ambientes palustres e margens de cursos d’água. Coletada
com flores de novembro a janeiro.
A espécie é caracterizada pela presença de folhas sagitadas emersas e flores com manchas geralmente púrpuras na base das pétalas. No Estado de São Paulo, a espécie está representada apenas pela subsp. montevidensis, caracterizada pela presença de brácteas unidas e ausência de pistilódios nas flores masculinas.
Fonte – PANSARIN, E.R & AMARAL, M. do. C. do. A. Alismataceae. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 4, p. 1-10, 2005.