Ervas anuais ou perenes, delicadas, 8-22cm, glabras. Folhas submersas geralmente presentes, ou emersas; folhas submersas sésseis a subsésseis, lâmina 1,7-18× 0,15-0,4cm, linear, ápice agudo, base atenuada, nervuras 1-3; folhas emersas com pecíolo de 6-190×0,2-0,6mm, cilíndrico, lâmina 1-4,8×0,1-0,8cm, lanceolada, ápice agudo, base aguda a atenuada, nervuras 3-5, marcas translúcidas ausentes ou, quando presentes, formando linhas longitudinais. Inflorescência racemosa, umbeliforme; escapo 59,4-192×0,3-0,5mm, cilíndrico; verticilos 1-4, com 2-7 flores; brácteas 2,3-5,2×1,1-2,4mm, lanceoladas, mais curtas que o pedicelo.
Flores 0,8-1cm diâm.; pedicelo
1-21mm, cilíndrico, ereto a recurvado; sépalas 2,5-3,6×2- 2,6mm, nervuras 5-8; pétalas 3,1-4,6× 2,3-4,3mm; estames 9(-11), filetes 0,9-1,2mm, anteras 7-0,8mm, basifixas, ápice obtuso; carpelos 15-20. Aquênio 0,9-1,4×0,8-1,2mm, glândulas ausentes.
Distribui-se desde o sudeste dos Estados Unidos até a Argentina. Distribuição ampla no Brasil, desde a Amazônia até o Rio Grande do Sul. Em São Paulo ocorre principalmente no leste e oeste do Estado. B3, B4, B5, C2, C6, C7, D3, D5, D6, D7, E5, E7, E8: solos, em geral
arenosos, encharcados. Coletada com flores principalmente entre agosto a abril, mas eventualmente pode ser encontrada em flor durante o ano todo.
Haynes & Holm-Nielsen (1986, 1994) consideram as espécies Echinodorus bolivianus e E. tenellus como sendo táxons distintos, separados principalmente pela respectiva presença ou ausência de marcas translúcidas nas folhas. Essas plantas são bastante variáveis, e sua plasticidade fenotípica já foi ilustrada na Flora brasiliensis. Como foram observadas características que as diferenciariam em uma mesma planta, serão tratadas aqui como pertencendo a um mesmo táxon, E. tenellus. Espécie facilmente reconhecível pelo porte delicado e pelas flores de até 1cm de diâmetro com até 11 estames.
Fonte – PANSARIN, E.R & AMARAL, M. do. C. do. A. Alismataceae. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 4, p. 1-10, 2005.