Arbustos ou subarbustos, ca. 0,5-1m, tomentosos ou pubescentes; ala internodal ausente.
Folhas 3-folioladas; estípulas decíduas, subuladas, pubescentes; pecíolo 1,3-5cm; folíolos 2,2-5,4(-7,5)×1,1-2,6(-3,5)cm, elípticos, ápice agudo-mucronado, base cuneada ou breve atenuada, ambas as faces áureo-adpresso-curto-seríceas, discolor.
Racemo opositifólio, 8-26(-30,5)cm, multifloro, ápice congesto; bráctea 2-3×1mm, persistente, linear; bractéolas
inconspícuas, na base do cálice, decíduas, subuladas. Flores com pedicelo 3mm, áureo-denso-seríceo; cálice não bilabiado, 7mm, base cuneada; estandarte 10×9mm, orbicular, bicaloso; asas 7×2,5mm, espatuladas; pétalas da quilha 9×9mm, geniculadas, bico não torcido, uncinado, margens cilioladas.
Fruto 1,7×0,5cm, oblongo-clavado, ápice oblíquo truncado, adpresso-pubescente; sementes 3mm, alaranjadas.
Ocorre no centro-norte do estado de São Paulo. No México ocorre em mata mesófila montana. B4, C5, C6, D3, D6: cerrado e cerradão e em terrenos baldios, em altitudes de ca. 500-520m. Coletada com flores em várias épocas do ano.
Vegetativamente, esta espécie assemelha-se à Crotalaria vitellina, entretanto, a diferenciação entre estas espécies é feita pelo tamanho das pétalas das asas e quilhas, tamanho e formato do fruto e cor de sementes. Além disso, C. laeta nunca ocorre no litoral, enquanto C. vitellina é exclusiva deste ambiente no Estado de São Paulo.
Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.