Fabaceae – Crotalaria breviflora

Arbustos a subarbustos, escandentes ou eretos, 0,7-1,5m, áureos ou ferrugíneos, seríceos; ala internodal (1,4-)2-8cm, estreito-decorrente, ápice truncado ou oblíquo, às vezes ausente nos ramos inferiores.

Folhas simples, sésseis; estípulas ausentes; lâmina foliar (3,5-)4,3-8,8(-10,1)×1-3,7cm, elíptica, lanceolada ou oval-lanceolada, ápice agudo ou obtuso, mucronulado, base cuneada ou obtusa, áureo-serícea, face abaxial canescente.

Racemo opositifólio, 4-16(-21)cm, pauci ou multifloro; bráctea 3-6×1mm, persistente, lanceolada; bractéolas 4-9mm, na base do cálice, elíptico-lanceoladas. Flores com pedicelo 3-6mm, cálice bilabiado, 9-15mm, lacínias carenais livres
ou fundidas no ápice, base cuneada; estandarte 11-12×7-9mm, orbicular a oboval, 2 dobras na base; asas 10-12×3-
4mm, oblongas ou espatuladas; pétalas da quilha 9-13×7-8mm, geniculadas, bico torcido, margem ciliada.

Fruto 2,5-3,2cm, cilíndrico, glabro, quando imaturo verde-claro, maduro castanho-escuro a preto; sementes 10-20, 3×2mm, esverdeadas a castanho-escuras.

Espécie nativa. Ocorre em região montanhosa, afloramento rochoso, beira de mata, cerrado, campo sujo e locais perturbados. Distribuição restrita ao sudeste do estado, ca. 800m.s.m. Em Minas Gerais foi encontrada a 1.600m de altitude. C7, D6, D7, D8, D9, E5, E6, E7, E8, F5. Coletada com flores de janeiro a julho e com frutos imaturos em maio.

Windler & Skinner (1981) sinonimizaram Crotalaria pohliana com esta espécie, reconhecendo duas variedades, a típica e C. breviflora var. pohliana obtida a partir do rebaixamento de C. pohliana à categoria infraespecífica. Estas variedades não foram reconhecidas e sim sinonimizadas pelo fato de não se conseguir obter caracteres para diferenciá-las (Flores et al. 2006).

Fonte: TOZZI, A. M. G. de. A. Subfamília Papilionoideae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 8, p. 167-397, 2016.

Deixe um comentário