Arbusto até 2,5m; caule cilíndrico; córtex de castanho-escuro a castanho-acinzentado; ramos terminais angulosos,
comprimidos, com lenticelas formando fendas longitudinais; râmulos dísticos aproximados.
Pecíolo 1-1,8mm; lâmina 0,7-1,8×0,3-0,9cm; coriácea; oboval; ápice arredondado a truncado, emarginado, mucronado; base cuneada a aguda; nervura central evidente em ambas as faces, as laterais finas e pouco visíveis em ambas as faces; estípula persistente, coriácea, enérvea, 2-4mm, evidentemente maior que o pecíolo, lanceolada, 3-setulosa, sétulas laterais longas e central curta, margem um pouco revoluta, fimbriada nas margens quando jovem.
Flores 1-3 nas axilas das folhas; pedicelo 1,5-2,5mm; cálice 3/4 livre, lobos 1,2mm, triangulares, maiores que o urcéolo estaminal; pétalas oblongo-ovais, 3-3,5×2mm; urcéolo 1,5mm; ovário oboval, 1,5×0,7mm; flor brevistila com estames 2,4mm; estiletes 1-1,2mm, livres ou parcialmente concrescidos; flor longistila com estames epissépalos 1mm, epipétalos 1,8-2mm; estiletes 2-3mm, 1/2 livres.
Fruto 5-6,5×3,5-4mm.
Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. D9, E7, E8, E9, F4, F7: parte alta da cadeia
atlântica, em capoeiras e margens de córregos.
Coletada com flores de agosto a março e com frutos de setembro a abril.
Embora Schulz (1907) tenha citado três variedades para o Estado de São Paulo, estas não foram incluídas neste
trabalho, devido à necessidade de maiores estudos. Provavelmente, tais táxons deverão ser sinonimizados.
Fonte: MENDONÇA, J. de O. & AMARAL JR, A. Erythroxylaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 107-120, 2002.