Trepadeira; ramos tomentosos, glabrescentes, tricomas simples.
Pecíolo tomentoso, 3-7 cm compr., glanduloso no ápice. Lâminas foliares com a face adaxial glabra, abaxial tomentosa, 6-11 × 5-9 cm, ovadas, inteiras, base cordada, ápice agudo ou obtuso, mucronado.
Cimeiras corimbiformes com 3-15 flores. Pedúnculo e pedicelos tomentosos, glabrescentes, 2-7 cm compr. e 0,5-2 cm compr., respectivamente. Bractéolas ovadas, tomentosas, 0,2-0,3 cm compr. Sépalas côncavas, glabras, ápice obtuso, com nectários na base; externas ovadas a oblongas, 0,6-0,8 × 0,4-0,5 cm; internas obovadas, 0,7-0,9 × 0,6-0,8 cm, com margem hialina. Corola campanulada, infundibuliforme, 4-5 cm compr., branca; áreas mesopétalas glabras. Estames 0,9-2 cm compr.; filetes com tricomas glandulares na base. Ovário ovoide, glabro, 2-locular, dois rudimentos seminais por lóculo; estilete 1,4-2,5 cm compr.; estigma 2-globoso.
Cápsula 4-valvar, 2-4 sementes pardas, 0,5-0,7 cm compr., tricomas curtos irregularmente distribuídos, tricomas longos na margem.
Distribuição: Ocorre na América do Sul. No Brasil, pode ser encontrada em todas as regiões, em bordas de floresta (Ferreira & Miotto, 2009).
Fenologia: Floresce e frutifica de dezembro a junho.
Comentários: Ipomoea saopaolista ocorre na área de estudo com muitos indivíduos, principalmente em ambientes antropizados. Reconhecida por ser trepadeira com lâminas foliares glabras na face adaxial e tomentosas na abaxial,
com sépalas côncavas e glabras e corola branca. Morfologicamente próxima à I. sulina P.P.A. Ferreira & Miotto (espécie endêmica do Brasil, ocorrendo nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul), que possui lâminas foliares com o mesmo indumento, mas as sépalas são planas, maiores e a corola é branca com o interior do tubo vináceo, mais longa (Ferreira, 2013).
Fonte: MOREIRA, A. L. da C.; GONZAGA, D. R. & NETO, L. M. Convolvulaceae em um fragmento da Serra da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil. Bol. Mus. Biol. Mello Leitão, n. 38, p. 95-112, 2016.