Trepadeiras volúveis; ramos hirsutos, tricomas simples.
Pecíolo hirsuto, 2-10(-17) cm compr. Lâminas foliares hirsutas em ambas as faces, 4-10(-18) × 3-10(-17) cm, ovadas, inteiras, raro 3-lobadas, base cordada, ápice agudo a acuminado, raro obtuso, mucronado.
Cimeiras com 1-6 flores. Pedúnculo e pedicelos hirsutos, 2-12(-17) cm compr. e 1-3 cm compr., respectivamente.
Bractéolas lineares, hirsutas, 0,2-0,6 cm compr. Sépalas planas, hirsutas; externas elípticas a lanceoladas, 0,9-1,5 × 0,3- 0,5 cm, ápice agudo; internas lanceoladas, 0,9-1,5 × 0,2-0,25 cm, com margem hialina, ápice acuminado. Corola campanulado-infundibuliforme, 2,5-6 cm compr., roxa, rosa ou purpúrea com o interior do tubo branco, totalmente branca ou com o interior do tubo rosa, ou variegada; áreas mesopétalas glabras. Estames 0,8-2,1 cm compr.; filetes com tricomas glandulares na base. Ovário ovoide, glabro, 3-locular, dois rudimentos seminais por lóculo; estilete 1,4-2,6 cm compr.; estigma 3-globoso ou incompletamente 3-globoso.
Cápsula 6-valvar, 4-6 sementes pretas, 0,4-0,6 cm compr., tomentosas.
Distribuição: Possui ampla distribuição geográfica no Brasil por ser extensamente cultivada como ornamental, o que gera divergências quanto a sua área de origem (Ferreira, 2013).
Fenologia: Floresce e frutifica o ano todo, mais intensamente de fevereiro a maio.
Comentários: Ipomoea purpurea ocorre na área de estudo com numerosos indivíduos, principalmente em borda de floresta, em ambientes antropizados. É reconhecida pelo indumento hirsuto e pelas sépalas agudas. As espécies
morfologicamente mais próximas são I. nil (L.) Roth (que ocorre em todos os estados brasileiros, exceto Roraima e Amapá), a qual possui sépalas acuminadas e I. indica (Burm.) Merr. (a qual ocorre nos estados de Amazonas, Amapá,
Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, e estados das regiões Sudeste e Sul) e possui indumento seríceo. A cor da corola é extremamente
variável em I. purpurea, inclusive no mesmo ramo (Ferreira, 2013).
Fonte: MOREIRA, A. L. da C.; GONZAGA, D. R. & NETO, L. M. Convolvulaceae em um fragmento da Serra da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil. Bol. Mus. Biol. Mello Leitão, n. 38, p. 95-112, 2016.