Trepadeira herbácea, perene, látex presente. Ramos tomentosos, glabrescentes, tricomas simples.
Folhas simples, pecíolos 2–6 cm compr., tomentosos, lâminas 2,2–10 × 3–9,5 cm, ovais, base cordada, ápice agudo ou obtuso, mucronado, margem sinuada, face adaxial glabra, face abaxial tomentosa.
Inflorescências em cimeiras corimbiformes, 3–7-floras; pedúnculo 2,7–6,2 cm compr., tomentoso; brácteas e bractéolas ca. 3 mm compr., ovais, tomentosas; pedicelo 1–1,9 cm compr., tomentoso, glabrescente. Sépalas
desiguais, externas 7–9 × 4–6 mm, ovais a oblongas, base arredondada, ápice obtuso, glabras, internas 7–9 × 6–8 mm, obovadas, base aguda, ápice obtuso, glabras; corola 4–5 cm compr., infundibuliforme, alva, glabra; estames iguais, 0,9–2 cm compr., filetes com tricomas glandulares na base; ovário ovoide, glabro, estilete único 1,4–2,5 cm compr., estigma bilobado, globoso.
Fruto e sementes não vistos.
Ipomoea saopaulista está amplamente distribuída na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil (Ferreira 2009). No Brasil é encontrada no estado do Pará e nas Regiões Centro-Oeste (exceto Mato Grosso do Sul), Sudeste e Sul (BFG 2018). No Domínio Atlântico apresenta registros para a Floresta Ombrófila Aberta e Floresta Estacional Semidecidual (Moura & Morim 2010). Na Serra Negra é encontrada em borda de mata e capoeira,
florescendo em abril.
Fonte: MACHADO, M. de S.; MOREIRA, A. L. da C.; NETO, L. M. & SALIMENA, F. R. G. Convolvulaceae na Serra Negra, Minas Gerais, Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 71, p. 01-10, 2020.