Árvores, arvoretas ou arbustos 2–8 m alt.
Folhas discolores; pecíolo 3–4 mm compr., cilíndrico, tomentoso quando jovem, hirsuto na maturidade; lâmina 8–12,5(–18) × 4–6,5(–8,2) cm, oblonga a oval, ápice acuminado a cuspidado, base arredondada a cuneada, às vezes subcordada, face adaxial glabra, exceto pelas glândulas sésseis na porção basal, face abaxial tomentosa, 8–13 pares
de nervuras proeminentes. Estípulas 5–7 mm compr., lineares, caducas na maturidade. Panículas terminais, 16–25 cm compr., tomentoso-glandulosas; brácteas e bractéolas 2–5 mm compr., subuladas, persistentes, densamente tomentoso-glandulosas, tricomas glandulares estipitados.
Flores 4–8 mm compr., pedicelo 1–2,5 cm, glabro; hipanto campanulado, externamente pubescente; cálice com lobos avermelhados a arroxeados, agudos no ápice, pubescentes, com numerosos tricomas glandulares estipitados; pétalas brancas, às vezes lilás apenas no ápice; 5 estames, livres, unilaterais, filetes brancos a arroxeados, ultrapassando os lobos do cálice; anteras lilás a vináceas; 4 estaminódios, opostos aos estames; ovário inserido no ápice do hipanto, pubescente, estilete roxo, hirsuto na base.
Frutos 5–10 mm compr., globosos a elipsóides.
Hirtella glandulosa é comum no Planalto Central do Brasil, ocorrendo também nos cerrados da Amazônia e da Guiana. No PNSC ocorre em borda de mata de encosta e transição cerrado-mata de encosta. Foi coletada com flores e frutos de setembro a novembro. Difere das outras espécies do Parque pela presença de tricomas glandulares estipitados nas inflorescências, bractéolas e lobos do cálice e de glândulas sésseis na porção basal da face adaxial da lâmina foliar.
Fonte: HEMSING, P. K. B. & ROMERO, R. Chrysobalanaceae do Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil. Rev. Rodriguésia, n. 61, p. 281-288, 2010.