Hypericaceae – Hypericum ternum

Subarbustos; ramos jovens 2-4-carenados.

Folhas eretas a adpressas, livres, coriáceas, isomórficas (todas estreitas) ou heteromórficas (lineares, linear-lanceoladas, lanceoladas a ovais), 6-12(-15)×1-6(-8)mm, ápice agudo a subagudo, base cordada, arredondada a subcuneada; face abaxial com nervura central saliente, glândulas densas a esparsas, levemente salientes.

Inflorescência (1-)3-16(-30)-flora, dicasial a monocasial; pedicelo 1,5-2,5(-4)mm; brácteas e bractéolas ovais a lineares, menores que as folhas. Flores 8-12(-15)mm diâm.; sépalas desiguais, imbricadas, ovais, lanceoladas a
estreitamente oblongas, 5-6×1,5-2,5mm, agudas a subacuminadas, glândulas lineares, punctiformes em direção ao ápice; pétalas amarelas a alaranjadas, oblongoobovadas, 6-8×2-4mm, apículo agudo, glândulas lineares a punctiformes; estames ca. 60, pouco agrupados, 3-4mm; estiletes 3(-4), ca. 3mm, estigmas capitados ou subcapitados.

Cápsula oval-subglobosa, mais curta que as sépalas.

Ocorre de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. D8, E7, F4: campos, campos rupestres. Coletada com flores e
frutos de outubro até dezembro.

Essa espécie não é facilmente separável de H. cordatum. Distingue-se pelas folhas mais estreitas, muitas vezes heteromorfas, presença de inflorescências nos ramos laterais antes da inflorescência principal e flores menores. Recentemente foi observada apomixia em H. ternum (L. Freitas com. pess.)

Fonte: BITTRICH, V. Clusiaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 3, p. 45-62, 2003.

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